A Questão Coimbrã 
(MaxmusIntelectus)
  
A Questão Coimbrã 
 
 
 
  Desde o inicio da década de 1860, os
 jovens estudantes de Coimbrã já estavam atentos a tudo o que acontecia de novo
 nos principais centros culturais da Europa. O acesso a essas informações
 tornou-os mais críticos em relação à literatura da chamada Escola de Lisboa,
 cuja romântica visão de mundo consideravam ultrapassada. 
 
  A partir de 1864 aprofundam-se as
 divergências entre os velhos mestres românticos de Lisboa e os estudantes de
 Coimbra. Nesse ano, Teófilo Braga publica Visão
 dos Tempos e Tempestades Sonoras,
 e Antero de Quental, Odes Modernas.
 São poesias revolucionárias, preocupadas com o momento histórico, com nítida
 função social, como afirma o próprio Antero em Nota às Odes Modernas. 
 
  A palavra vestais é empregada, ironicamente, para designar pessoas que se
 consideram muito puras; no caso, os consagrados autores românticos, que acusam
 o golpe: em 1865, o romântico Pinheiro Chagas publica Poema da mocidade, obra dedicada a Antônio Feliciano Castilho,
 velho professor e mentor da Escola de Lisboa. Numa carta ao editor, inserida
 nesse livro, Castilho critica duramente a poesia de Teófilo Braga e de Antero
 de Quental. A partir de então, tem inicio a série de discussões literárias que
 ficou conhecida como Questão Coimbrã.   
 
  Antero responde imediatamente com um
 opúsculo intitulado Bom senso e bom gosto,
 em que defende o papel revolucionário da nova poesia realista e a
 independência em relação aos velhos mestres. 
 
  As polêmicas prosseguem. Teófilo
 Braga lança seu folheto Teocracias literárias, em que critica a influência dos
 velhos românticos. Mais tarde, Camilo Castelo Branco defende a posição de
 Castilho no folheto Vaidades irritadas e
 irritantes. Inúmeros folhetos circulam em Portugal, ora defendendo as novas
 idéias realistas, ora defendendo o passadismo. 
 
  
 
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