Um Bonde Chamado Desejo
(Tenesse Williams)
A Streetcar Named Desire (conhecida no Brasil como Um Bonde Chamado Desejo) é uma peça teatral de 1947, escrita pelo dramaturgo norte-americano Tennesse Williams.
Os destaques na peça são dois personagens, ícones representativos do conflito: Blanche DuBois, uma nostálgica reminiscente da cultura sulista, e Stanley Kowalski, um representante da classe operária.
Blanche DuBois, uma decadente beleza sulista pretensamente virtuosa e culta, através da fantasia, busca encobrir, para os outros e para si mesma, a realidade. Disfarça suas desilusões tentando se mostrar – e se acreditar – ainda atraente e com possibilidade de novas conquistas amorosas. Blanche chega ao apartamento de sua irmã Stella Kowalski em Nova Orleans e um dos transportes que utiliza para chegar é um bonde chamado "Desire". O ambiente urbano é um choque para ela, devido a velhas lembranças que evocamsua propriedade sulista em Laurel no Mississippi, que havia sido perdida, segundo ela, por intrigas de seus ancestrais. Blanche culpa continuamente o nervosismo como fator decisivo de seu afastamento do trabalho como professora de inglês, quando, na verdade, a causa foi o relacionamento com um estudante de 17 anos, o que a levou a fugir da cidade. Um breve casamento desfeito pela descoberta da homossexualidade do marido Allan Grey e seu consequente suicídio lançaram Blanche para dentro de um mundo de fantasias e ilusões misturadas à sua realidade.
Em contraste com o retraimento respeitoso de Stella e o pretensioso refinamento de Blanche, está Stanley Kowalski, que representa o poder da natureza bruta: rude e sensual. Ele domina Stella em todas as suas atitudes, sendo física e emocionalmente abusivo. Stella tolera seu comportamento como parte de sua atração; seu amor e relacionamento são baseados no poder animalesco e química sexual, algo que Blanche considera impossível entender.
A chegada de Blanche perturba o sistema de mútua dependência entre o casal. Com a presença do amigo de Stanley, que se torna pretendente de Blanche, Harold Mitchell, o conflito se agrava. Stanley descobre o passado de Blanche, a ameaça e, num confronto final – o autor sugere o fato, mas não o afirma diretamente –, a violenta, resultando numa crise nervosa de Blanche. Stanley a encaminha para uma instituição de tratamento mental e, no momento final, ela se dirige ao médico que a levará: "Whever you are, I have always depended on the kindness of strangers…" ("Seja você quem for, eu sempre dependi da bondade de estranhos…"). Frase que se tornou famosa quando se fala nessa peça.
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