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A história da queda do muro de Berlim
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Exatamente um mês antes da queda do Muro de Berlim, que se deu em 9 de outubro de 1989, aconteceram em Leipzig até então as maiores manifestações populares espontâneas da Alemanha Oriental, que reuniram 70 mil pessoas – uma multidão, contra a qual o partido SED não podia fazer nada. Como foi possível mobilizar tanta gente? Essa é uma pergunta que sempre se repete. Através das orações pela paz, que aconteceram continuamente todas as segundas-feiras, a partir de 1982, na Igreja de São Nicolau, onde na época o pastor luterano era Christian Führer, se tornou ponto de encontro de pessoas críticas ao Bildunterschrift:
regime de posição que não podiam ser articuladas na Alemanha Oriental.
A igreja teve um aumento dramático no número de participantes depois do dia 8 de maio de 1989, quando o Estado bloqueou as ruas de acesso à Igreja de São Nicolau. Eles achavam que, com essa medida de intimidação, o número de pessoas reunidas diminuiria, mas aconteceu exatamente o contrário. Na missa de outono, no dia 4 de setembro, equipes de televisão do Ocidente tiveram permissão para filmar em toda a cidade. Eles estavam todos parados em frente à igreja quando algumas pessoas levantaram placas com os dizeres "por um país aberto com pessoas livres". Essas placas permaneceram suspensas por talvez 15 segundos, até que funcionários da Stasi a puxaram para baixo. Tudo isso em frente às câmeras de televisão ocidentais.
O material foi veiculado à noite pelos jornais televisivos, fazendo com que não somente as pessoas na então Alemanha Ocidental soubessem o que estava acontecendo em Leipzig, mas também as pessoas de toda a Alemanha Oriental. Afinal, as pessoas do lado oriental também assistiam aos canais ocidentais. No dia 7 de outubro de 1989, (40° aniversário da Alemanha Oriental), ocorreram centenas de detenções em frente à Igreja de São Nicolau, em Leipzig. Honecker havia dito pessoalmente: "A Igreja de São Nicolau precisa ser fechada". Os policiais apareceram pela primeira vez com um traje que até então não era conhecido – com uniformes de combate, cassetetes, cachorros, placas – e espancaram as pessoas durante todo o dia, do meio-dia até a noite. E o jornal noticiava: "Na segunda-feira (9 de outubro) será posto um fim na contrarevolução, se não for possível de outra forma, com armas na mão".
No dia 8 de outubro, médicos vieram participar do culto e disseram que, nos hospitais, teve de ser abertos espaços para o tratamento de pessoas feridas com tiros. O dia 9 de outubro chegou acompanhado de um medo terrível. Mas como ocorreu então a grande manifestação popular do dia 9 de outubro?, foram recebidas cerda de seis a oito mil pessoas nas igrejas do centro da cidade - mais do que isso já não cabia, mas 70 mil pessoas haviam comparecido. Não era possível sair da igreja, todo o pátio ao redor da igreja estava lotado. As pessoas estavam com velas nas mãos. Velas que simbolizavam o "não" à violência. Mais tarde, um membro do comitê central do SED disse, em retrospectiva: "Tínhamos planejado tudo, estávamos preparados para tudo, exceto para velas e orações".
Para uma situação como essa, a polícia não tinha uma ordem de como agir. Se tivessem sido atiradas pedras ou se os manifestantes tivessem atacado os policiais, aí eles teriam uma opção, aí teria acontecido o mesmo de sempre. Mas naquela situação os tanques se retiraram e quando pararam novamente diante do prédio da Orquestra Gewandhaus, sem disparar um tiro, as pessoas que ali estavam, souberam que a Alemanha Oriental não era mais a mesma.
As milhares de pessoas que ali estavam, pressentiram – mais do que realmente sabiam – que algo extraordinário havia acontecido. Só mais tarde compreenderam de fato o que acontecera. As pessoas que ali estavam gritavam palavras de ordem como: “sem violência”. E eles não só gritaravam essas palavras pelas ruas como coerentemente praticaram o que anunciavam. A Alemanha oriental nunca havia conseguido levar uma revolução adiante, aquela foi a primeira vez – e sem derramamento de sangue. E o que aconteceu ali foi realmente o primeiro passo.
Isso significa que sem a população de Leipzig não teria havido a revolução pacífica na Alemanha Oriental. Pois, vieram pessoas de toda a Alemanha Oriental. No dia 9 de outubro de 1989, vieram 70 mil pessoas não só de Leipzig ou da Saxônia, mas de todas as regiões do país. Na Igreja de São Nicolau estavam sentadas de forma simbólica toda a Alemanha Oriental. Sem Leipzig não teria existido o 9 de novembro de 1989 e muito menos o 3 de outubro de 1990.
Atualmente, a Alemanha é um país democrático e com uma economia forte. É um dos países mais desenvolvidos do mundo.A Alemanha é um Estado federal da Europa central membro da União Europeia. O país faz limite a norte com o Mar do Norte, pela Dinamarca e pelo Mar Báltico, a leste pela Polónia e pela República Checa, ao sul pela Áustria e pela Suíça, França, Luxemburgo, Bélgica e Países Baixos. A capital da Alemanha é Berlim e a língua nacional oficial é o alemão.



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