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A Solidão da alma
(Eugenio Borgna)

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A solidão é uma condição inevitável da vida e nela são refletidos desejos de reflexão e de contemplação, de tristeza e angústtia, de silêncio e oração, de espera e de esperança. A solidão interior e a solidão dolorosa são os dois aspectos com os quais ela se manifesta em nossas vidas. A solidão interior que leva à reflexão, que conduz à criatividade, mas que não isola o sujeito do mundo exterior e a solidão como doença do corpo, que freia os ideais, congela as relações com o mundo exterior e, gradualmente, bloqueia-os . Borgna desde sempre, embora declarando indispensável o uso de medicamentos no caso de psicose, defende a necessidade de se relacionar com o paciente e penetrar no seu mundo, para entender quando a solidão é tolerável ou quando é uma angústia, manifestação esta esstudada pela primeira vez por Freud em 1926 e considerada um estado afetivo doloroso, resultante da separação do "objeto" de amor primário, a mãe. Eis, então, duas angústias, uma como sinal, a outra como trauma, negativa, onde nos movemos sozinhoa. Se é verdade que se morre sozinho, é ainda mais verdade que não se nasce sozinho e é com base nas relações que a criança poderá tecer com o mundo exterior e em particular com a "mãe-ambiente", que ela estará habilitada para ser capaz de separar-se da mãe, sem traumas, porque tê-la-á interiorizada. Eis então como nunca nos sentiremos sozinho nem mesmo numa ilha deserta, porque dentro de nós não estaremos sozinhos. Mas a segunda solidão é muito mais universal e não se cura com fármacos, mas sim com conversa e diálogo, desde sempre defendidos por Borgna, tanto com os doentes como com os seus leitores. Adquirir a capacidade de estar sozinhos põe, portanto, em ressonância o diálogo consigo mesmo e com os outros e a psicanálise é como um exercício sobre a solidão, tentando fazer dela um pensamento a ser aceitável e tolerável. Ele cita uma das melhores páginas da literatura, quando o menino doma a raposa no "O Pequeno Príncipe". Eugenio Borgna, Novara, 1930, é o principal emérito de psiquiatria no Hospital Maggiore de Novara e docente na Clínica de Doenças Nervosas e Mentais, da Universidade de Milão. O tema da solidão é de suma importância para ele tanto desde o ponto de vista psicológico, como do ponto de vista humano e até cristão, porque: "Nós não somos ilhas longe do mundo, a vida mostra-nos que podemo-nos ajudar e organizar apenas quando estamos juntos, uns com os outros. " Homem gentil, muito alto, mas com uma graça e uma elegância inatas, ao falar, segurando o relógio na mão. Deixa-se absorver no que ele diz, mas para os ouvintes é uma presença muito reconfortante, um homem meigo, mas decidido que fez da escuta e da conversa toda a sua vida. É Impossível, realmente, sentir-se sozinho quando o ouvimos, porque sentimo-nos escutados e compreendidos, mesmo estando em silêncio.



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