A menina que não sabia ler
(John Harding)
A primeira impressão
que podemos tomar é que se trata de mais um livro relacionado à literatura
infanto-juvenil, com heróis adolescentes e todo esse tema já bem explorado hoje
em dia. A capa da versão original é bem apropriada ao tema, mais pouco
chamativa; já a versão brasileira é bem atraente mais pode passar impressões
erradas assim como o seu titulo. Florence and Giles seria o titulo original da
obra em inglês, essa diferença do nome do livro aqui no Brasil pode fazer parte
de uma tática para chamar atenção das pessoas, já que fica muito semelhante ao
Best-Seller “A menina que roubava livros”.
Órfã de pai e mãe, Florence vive em uma decadente
mansão na Nova Inglaterra de 1891, junto de seu irmão mais novo Giles, há quem
dedica sua atenção e cuidado. Negligenciados pelo tio, um homem que nunca
conheceram e que ditava as regras através de cartas, uma das qual Florence
seria proibida de aprender a ler. Assim eles tinham longos dias correndo e
brincando pela mansão, só supervisionados pelos poucos criados da casa.
Estabelece-se uma rotina realmente monótona no livro até que um dia a menina
acaba encontrando a biblioteca, e sua curiosidade se torna tão grande em
relação ao significado daqueles símbolos misteriosos que ela decide desobedecer
á seu tio, e aprende a ler com seu próprio esforço.
As coisas mudam quando chega à hora de Giles ir
para uma escola, por não se adaptar bem entre os colegas durante o ano letivo,
foi aconselhado que fosse melhor o garoto ter aulas em casa. Após a morte
violenta da primeira preceptora de Giles, sua substituta chega e com ela estranhos
acontecimentos. Florence começa a suspeitar que essa mulher deseja levar seu
irmão, e também se sente ameaçada por causa do seu segredo. Assim a jovem
decide desvendar todo o mistério das pessoas que há cercam.
A história é toda narrada por Florence então não
sabemos até onde os acontecimentos são verdadeiros, e a partir de onde fazem
parte da imaginação de uma garota que lê demais. O clima do livro que parecia
leve fica mais tenebroso e o leitor se sente confuso, afinal Florence tem razão
ou está ficando paranóica? Ao mesmo tempo em que passamos a suspeitar das
motivações de Florence, também não conseguimos confiar na preceptora que se
mostra sempre suspeita. Diante disso só nos resta ler ansiosamente até o final,
isso torna “A menina que não sabia ler”, um livro para se ler de um fôlego só.
Não existe definição melhor para esse livro, um
romance gótico ao estilo de Edgar Allan Poe e Hennry James. Realmente vale a
pena ler...
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