A escrava Isaura - resumo do livro
(Bernardo Guimarães)
A ESCRAVA ISAURA
Isaura era uma escrava branca, filha de uma escrava com um português, que após a morte da mãe foi “adotada” pela Senhora da fazenda, que cuidou dela como uma filha. Já de idade avançada a senhora morreu, sem fazer seu testamento Isaura continuou escrava. Seu filho, Leôncio, vivia também na fazenda com sua mulher, a Malvina, que jurou junto ao corpo de sua sogra continuar zelando por sua mucama predileta.
Leôncio e seu cunhado, Henrique, sentiam-se atraídos por Isaura, que se negava a envolver-se com seus senhores. Isaura pensou em contar para Malvina sobre as investidas que vinha sofrendo por Leôncio, mas desistiu não querendo incomodar sua Senhora. Belchior, o jardineiro, também era apaixonado por Isaura e ajoelhando-se diante dela foi interrompido por Leôncio que dirigiu-se a ele com certa ironia, o pobre saiu cambaleando a caminho da rua.
Leôncio, ao tentar seduzir a escrava, foi surpreendido por Malvina que pediu que ele a vendesse o quanto antes, ele viu-se cercado, quando chegou a residência o Miguel, o pai de Isaura, que com muito trabalho conseguiu juntar a quantia exorbitante que o pai de Leôncio havia pedido para libertar a escrava. A escrava entrou na sala e disse ao pai que dependendo de Leôncio estava tudo perdido. Miguel a acalmou, dizendo-lhe que o assunto era com o pai dele. Ele quando estava a escrever para o pai recebeu a noticia de sua morte, o que causou enorme angustia em Isaura.
Após o episódio com Leôncio, Malvina tornou-se ríspida com Isaura que ficou então sem proteção. Malvina vendo que o marido nada fazia com relação a escrava e influenciada por uma mucama invejosa de nome Rosa, arrumou suas coisas e deixou a fazenda em companhia de Henrique. Leôncio, por sua vez, agiu a isso com naturalidade e quando a mulher lhe deu as costas foi ao encontro de Isaura que, como sempre, rejeitou-o, ele reagiu mandando a escrava junto as outras na senzala.
Chegando o momento da refeição, todas as escravas saíram, exceto Isaura, Leôncio, percebendo isso foi seduzi-la, não obtendo sucesso ameaçou-a com crueldade. Depois de sua saída, adentrou seu pai a senzala e convenceu Isaura a fugir. Leôncio contratou um batalhão para recuperar a escrava fugida.
Dois meses depois da fuga de Isaura, tinham eles se instalado numa chácara em Olinda, no Recife. Álvaro, apaixonado por ela, conseguiu tirar pai e filha da chácara e os apresentar a cidade, todos admiraram sua beleza.
Isaura pressentia que algo de ruim estava prestes a acontecer no baile, onde depois de cantar e tocar piano foi aplaudida por todos, mas causou ciúmes nas moças presentes no baile.
Martinho, ambicioso, tinha em seu poder um anuncio vindo do Rio de Janeiro em que constava que Leôncio pagaria enorme quantia a quem trouxesse a ele sua escrava fugida. Os traços descritos como se pode imaginar, eram os de Isaura.
Martinho revelou o segredo de Isaura, no entanto, Álvaro ficou ao seu lado. Procurando meios para libertar sua amada, Álvaro enviou uma carta a Leôncio que respondeu a esta grosseiramente. Martinho, também em carta, pediu a Leôncio que o desse autorizaçãopara pegar a escrava e devolver a ele. Obtendo a autorização Martinho seguiu para a casa de Isaura disposto a trazê-la consigo. Lá chegando, Álvaro dobrou a ofertaque Leôncio havia feito em troca de Isaura, Martinho aceitou, não disposto a cumprir o trato. Álvaro, cego de amor, depositou nele esperanças, mas foi alertado por seu amigo Geraldo.
Passado esses acontecimentos chegou a chácara Leôncio, dizendo estar ali para apreender sua escrava, a esse choque, Álvaro sentiu o suor frio pujar-lhe a testa e a mais pungente angustia apertar-lhe o coração.
Chegando a fazenda acompanhado de Isaura e Miguel, Leôncio começou a por em pratica a vingança contra os dois, pôs Miguel na cadeia e Isaura na senzala. E reconciliou-se com sua mulher, Malvina.
Leôncio foi a prisão e disse que daria a liberdade à Isaura e perdoava sua divida se Miguel convencesse a escrava a casar-se com seu jardineiro, Belchior, mesmo não tendo esperanças que Isaura aceitasse, o português concordou, sendo também influenciado por uma suposta carta enviada por Álvaro dizendo ter se casado. A carta era parte da vingança de Leôncio.
Isaura foi posta junto ao pai para que ele a convencesse a casar-se, o que conseguiu, depois de contar a filha sobre a carta de Álvaro.
Chegado o dia do casamento, quando todos estavam prontos e a espera do vigário, do tabelião e mais outros, chega Álvaro, surpreendendo a todos.
Leôncio contou-lhe sobre o casamento de Isaura e que iria libertá-la naquele momento, Álvaro, por sua vez, disse que ele não poderia fazer tal coisa.
Álvaro não delirava, Leôncio estava a beira da falência e Álvaro era agora seu único credor, pertencendo a ele tudo de que dispunha Leôncio, que custou a acreditar no que ouvia.
Passado esse primeiro momento, Álvaro perguntou sobre o casamento de Isaura, ao que Miguel respondeu que a pobre moça casar-se-ia contra sua vontade.
Com um tom de voz grave, Álvaro disse que a propriedade de Leôncio estava agora em posse de Isaura, tornando-a Senhora e Leôncio seu escravo, e disse que se ele não quisesse mendigar o pão, haveria de recorrer a generosidade dos dois. Isaura pediu que Álvaro perdoasse Leôncio.
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