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Sob Controle - Esclerose Múltipla
(Giuliano Agmont - Revista Saúde)

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Nova droga breca os ataques ao sistema nervoso e dá aos portadores do problema em fase mais avançada uma chance de voltar a ter uma vida normal.
A esclerose múltipla é uma doença autoimune,que por motivos genéticos ou ambientaisdesencapa os neurônios responsáveis pela troca de informações da central de comando com o resto do corpo, comprometendo a fala, a visão, a memória e a locomoção. Os responsáveis por essa queda, são alguns agentes do sistema de defesa, que agridem as bainhas de mielina, capa de gordura que reveste a cauda das células nervosas, e criam lacunas de conexão em sua rede de comunicação.
A boa novidade é que mais um aliado junta-se ao arsenal já existente, uma nova droga capaz de preservar os fios nervosos encapados.
Testado em setenta e cinco mil pacientes, traz esperança principalmente as pessoas com o tipo remitente-recorrente do distúrbio, que representa oitenta e cinco por cento dos casos e ainda não tem cura.
O remédio se chama natalizumabe , um anticorpo injetável, aprovado pela ANVISA desde 2008 ele recebeu em 2010 a chancela para integrar a lista dos terapêuticos para esclerose múltipla e deve ser liberado para o Sistema Único de Saúde. Ele tem entre setenta e oitenta por cento de eficácia na redução das inflamações do sistema nervoso, contra trinta a quarenta por cento dos fármacos convencionais, conforme o neurologista Rodrigo Thomaz da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
A droga concede a pessoas em estágio mais avançado, a oportunidade de não passar a vida na cama. Porém, a indicação do remédio só deve acontecer depois das tentativas com a terapia a base de imunomoduladores, as drogas de primeira escolha.
Isso porque, apesar dos benefícios, a terapia com o natalizumabe prevê riscos, especialmente o de infecções oportunistas graves. Por isso, só é aplicado em centros de referencia, habilitados para monitorar os pacientes. Mas com certeza, não deixa de ser uma excelente notícia.



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