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Lenda da Torre dos Namorados
(Lendas Portuguesas)

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Há muito tempo atrás existia uma cidade onde abundava a prosperidade e todos viviam felizes. Era governada por um rei muito consciente dos seus deveres e dotado de um senso de justiça apurado, além de uma moral inabalável e incorrupta. Estimado pela população, para ele, a palavra tinha um valor insubstituível.
Tinha o rei uma filha em idade de casar que fazia suspirar de paixão os homens da cidade com sua beleza sem igual. Mas não havia um jovem que tivesse a ousadia de pedir ao rei a mão da princesa. O seu perfil de monarca rígido e moralista fazia crer que não teria escrúpulos em mandar para a forca quem se atrevesse a falar-lhe na mão da filha.
Certa tarde, dois jovens, mais ousados e bêbados de paixão, dirigem-se corajosamente, ao palácio para falarem com sua majestade a fim de obterem consentimento para casarem com a jovem princesa. O rei recebeu-os com dignidade respeitando os seus sentimentos de amor. Obviamente, apenas um podia ser o eleito. Por justiça e tendo a mesma consideração e estima pelo amor sincero dos seus dois jovens súditos, falou-lhes:
- Meus jovens: não tenho dúvida que ambos amam a princesa. Contudo a minha filha, a quem venero, é única e vós sois dois pretendentes. Se der a sua mão a um de vós serei injusto. Entretanto a cidade está com problemas no abastecimento de água. Por outro lado, o palácio não tem uma torre sólida e funcional que nos possa proteger em caso de um ataque dos nossos inimigos. Eis as tarefas que proponho: um de vós deve iniciar a construção de um aqueduto eficaz que resolva os problemas de abastecimento de água à cidade. O outro se empenhará na construção de uma torre sólida e funcional para que este reino nada venha a recear em caso de ataque pelos nossos inimigos. Comecem os trabalhos imediatamente. O primeiro que acabar a tarefa terá a honra de casar com a minha filha. Agora ide e que ganhe o melhor!.
Os jovens, no dia seguinte, puseram mãos à obra. Passaram-se meses.
No dia em que terminaram era grande a excitação da população. Todos se dirigiram ao centro da cidade para verificarem qual dos dois iria desposar a jovem princesa. Mas o dia, que nascera cinzento, pouco haveria de clarear. Ao mesmo tempo em que um jovem colocava a bica na fonte principal de abastecimento que a partir daí não mais pararia de jorrar, o outro acabava de colocar a última peça de ouro no pináculo de uma sólida torre capaz de defender a cidade dos maiores ataques. Continuava por se apurar o noivo da bela princesa. O rei estava estupefato e amargurado. Não poderia cumprir o prometido.
A população decidiu que os jovens deviam bater-se num duelo de espadas e o que ficasse sem se ferir casaria com a jovem. Assim fizeram, mas as espadas quebraram-se ficando os jovens sem um único arranhão.
Tudo indicava que a princesa teria de permanecer solteira e o rei sem poder cumprir o prometido. Fato grave e intolerável para o monarca.
Foi então que, como um trovão, se ouviram as seguintes palavras doídas que saíram da boca do rei:
- Torre feita, água à porta; filha do rei morta!
A princesa percebendo que estava condenada à morte pela sentença de seu pai, montou um cavalo e fugiu. De pouco lhe valeu. Rapidamente foi capturada pelos soldados do rei que aí mesmo, cumprindo ordens, a mataram.
O lugar onde aconteceu a morte da princesa ficou conhecido como Mata da Rainha e lá se encontra a Torre dos Namorados.



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