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Teatro Romano
(Pierre Grimal)

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Primórdios (imprecísos) do teatro romano: Comédia espontânea Helénica Intermediário entre 364 a.C. – provinientes da Etrúria, vieram bailarinos, músicos e mimos ao império para liberta-lo da peste – (Ludi scaenici – jogos cénicos)

Tito Lívio – Jogos cénicos – Acompanhamento da música e dança com versos cómicos e “satíricos” inventados pelos jovens ? “sátira dramática” ou satura – “integrada nas representações cénicas oficiais” (sem máscaras). Comédias latinas: ex - Atelana Virgílio – Comédia originada em Itália (Campânia) – Camponeses na época da vindíma –mascaradas, dançadas e cantadas – utilização de máscaras de casca de árvore.

Jogos cénicos e festas rústicas conduzem à COMÉDIA.
NOVO GÉNERO CÓMICO – Fabula togata – comédia de toga – influências prováveis da comédia campanina e atelana – que originam, por ex. comédia de taberna. 240 – Lívio Andronico – 1ª tragédia “em coturnos” – introdução dos jogos cénicos, linguagem grosseira, cantos e danças da satura – numa intriga pré-existente (grega).
Características orginais do teatro romano:
- texto falado – em verso jâmbico ou trocaico
- cantica em verso – métrica regular
-cantica com versos de ritmo variado.
Tragédia romana – interligação entre gesto, mímica e música. Coro como personagem individual. Mantém-se a estrutura da tragédia grega.
Comédia romana – libertação dos modelos da comédia nova- predominância da tradição dos jogos cénicos – desenvolvimento pelos cantica. Adaptação aos modelos romanos das comédias gregas.
Tragédias arcaicas – manutenção do coro, mistura entre actores e coreutas. Caminho para o desenvolvimento e apuramento das técnicas de encenação e efeitos cénicos noutras áreas do espectáculo – jogos de anfiteatro – aparecimento reinado de Cláudio – (41-54 d.C.)
· Período de “adormecimento” da tragédia latina entre a juventude de Cícero e o reinado de Augusto – aproximação à época das grandes encenações de anfiteatros.
Horácio – Poética de Aristóteles – teatro como “poema que imita a realidade”. Delimitação em cinco actos com intervalos “entreactos” feitos pelo coro. Acto – “intervalo entre dois cantos do coro” – estrutura adoptada semelhante à da comédia nova – O teatro perfeito, para Horácio, devia estar entre a tragédia e a comédia tradicionais gregas. O texto é a facção mais importante do teatro. Os instrumentos musicais não se deviam subrepôr ou tocar a solo. Os músicos adquiriam cada vez mais protagonismo no teatro, facto que não agradava a Horácio; na sua época, a visão de Horácio foi considerada à margem do que se pretendia mas foi repegada no Renascimento onde a função literária voltou a emergir. Tentativa de organização do teatro e de incutir “decência” às atitudes do espectador através da encenação – recurso à narração eloquente.
Séneca – Tragédias que derivam das tragédias gregas, compostas por longas tiradas maioritariamente de estilo declamatório, composta por um coro, e personagens acompanhadas por música. Consciencialização das situações de risco do ser humano, em termos ideológicos, físicos, psicológico etc…
Grandes dramaturgos das Comédias Romanas: Plauto : Asinaria, Mercator,O Anfitrião, Os Meneemos, O Soldado Fanfarrão, Stichus, O Persa, Épico, A Comédia da Marmita, A Comédia do Fantasma, O Gorgulhe, Pseudolo, Os Cativos, As Báquides, O Cartaginês,As três moedas, Cásina, O Cesto, etc… Todas estas comédias são imitações dos modelos da Comédia nova grega, reflectindo os problemas e preocupações da sociedade Romana do séc III e II a.C. A sua originalidade está na utilização da cantiga e da composição das métricas sempre respeitando as devidas convenções. Plauto fazia um teatro que pretendia aproximar-se da realidade, retratar fielmente o dia-a-dia, deixando um pouco mais de lado outros apetrechos como as canções, por exemplo. O texto assumia uma posição fundamental, no entanto, a sua representação era o aspecto chave da obra do autor pois a beleza estava na fruição das danças e declamações líricas. O coro foi suprimido. Por estar muito preso à recriação das comédias gregas, faltou um pouco de “espaço de criação” a Plauto, deixando-se um pouco de parte o âmbito moral das peças.
Terêncio : antigo escravo, na infância, “possivelmente cartaginês que foi comprado pelo senador Terêncio Lucano que o libertou e lhe deu instrução”. Começou a escrever desde muito cedo. Algumas das suas peças: Ândria, Hécira, O Homem que se castiga a si mesmo, O Eunuco, Formião, Os Adelfos. Este autor segue os gregos mas introduz novas caracteríscticas ao seu texto: suprime o prólogo, substituindo-as por cenas de exposição, teve sempre o cuidado de contornar os cânones gregos. Deste modo, ele é precursor de um novo teatro, que torna mais verídica a vida em palco. Terêncio era um homem do seu tempo, ligado à aristocracia e políticas vigentes que viam no teatro “uma maior humanidade e uma sabedoria sorridente”. O debate maior que surge sobre este autor relaciona-se com a medida da sua lucidez em relação ao passar de valores dos seus “mestres” e a ligação com as preocupações reais do seu tempo. Terêncio nega a austeridade de educação, fazendo florescer na juventude do seu tempo a ideia de viver em harmonia, “é altura de levar boa vida”.
Colmatando, “Terêncio parece dar uma lição aos contemporâneos: Roma não deve deixar-se levar pelo exemplo dos Gregos, amigos da vida fácil, mas deve dar lugar às legítimas aspirações da natureza humana.”- Terêncio era um homem inconformado com a realidade que o rodeava, tinha o verdadeiro espírito artístico da luta constante contra os outros e contra os seus próprios monstros interiores.



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