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Os Belos e Os Malditos - Fitzgerald
(F. Scott Fitzgerald)

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Analisado como mais um livro que traça o retrato da geração norte americana no período deiminência da Primeira Guerra Mundial, OS BELOS E OS MALDITOS, de F. ScottFitzgerald, vai além de um mero romance sobre os nova-iorquinos com suasangustias e boemias no inicio do século passado. Fitzgerald envolve-nos numaatmosfera semelhante ao Realismo do século XVIII, com sua maestria em esmiuçare descrever a mente humana condicionada ao tempo e situação sociais que lhecerca. Em sua narrativa extensa e – para muitos – um tanto monótona, o autorsecciona um livro em três, para que possamos observar bem as fases da vida dospersonagens em contraste com o plano de fundo da Guerra.O romance tem como protagonista o exótico casal Anthony Patch e Gloria Gilbert, oprimeiro é um homem fatigado, dotado de indiferença e soberba latentes ao mundoa sua volta, já Gloria é o ápice do egocentrismo com leve toque de hedonismo eigualmente indiferente – ou aparentemente – a tudo que está além de seureflexo. Esses retratos, contudo, vão adquirindo decadência ao longo dahistória e, no fim, deparamo-nos com um casal que vive uma espécie deautoderrota, vencidos pelo cansaço de viver, de não tentar, de tentar também.No ultimo livro eles já estão cansados de tudo e de nada, dos outros e –principalmente – deles mesmos. A história também conta com outros grandespersonagens que são ícones da sociedade da época: o Sr. Patch, avô de Anthony,um ancião moralista e ranzinza que custa a morrer, causando ainda maisdesapontamento a Tony e Glória, e que, mesmo depois de morto, interfere fortemente no declínio psicossocial do casal Patch, por deserdar seu neto;temos também Dick e Maury, típicos norte-americanos, o primeiro com seu perfilcaxias e soberbo, o segundo também carregado de indiferença e elogio àestagnação em seus pensamentos e gestos.A história aparenta não ter um enredo central, sendo apenas o relato da vida, nuae crua, da classe média alta da época, dos seus jantares, músicas, aflições,pensamentos e amores, todos dançando ao redor de Anthony e Glória que nãopassam de Jóses e Marias da sociedade moderna, num tempo – e não falamos maisda iminência da Guerra, e sim de suas consequências posteriores – em que viveré se asfaltar para sobreviver, travar uma luta contra o tédio e aangustia de já não se saber distinguirpessoas de coisas, uma era de pessimismo e letargia um tanto involuntários,onde já não se sabe o que fazer ouaquem recorrerpara intervir numasociedade onde a alienação está fortemente presente.Fitzgerald não lança essas ideias de forma tão sentimentalista, muito pelo contrário, comuma escrita objetiva e marcada por formalidade e estética, ele nos dá os dadosdo jogo de angustias da mente humana, fazendo de OS BELOS E MALDITOS um livrode natureza psicológica atemporal.



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