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Stress Psicossocial
(Manuel Miyar)

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Selye (A Tensão da Vida, 1959) diz que o stresse se caracteriza por um conjunto de reacções que o organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que dele exija um esforço para se adaptar. Lipp (Stresse: conceitos básicos, 1996) diz que “tudo o que cause uma quebra da homeostase interna, que exija alguma adaptação, pode ser chamado de stressor.”
O stresse acontece quando o cérebro, independentemente da vontade do sujeito, interpreta uma ou várias situações como ameaçadoras da sua capacidade adaptativa, respondendo através de sinais físicos e de disfunções emocionais – perdas de memória, sensação de cansaço ou desgaste, alterações de apetite, alterações nos hábitos de sono, dúvidas quanto a si.
Podemos considerar, por um lado, circunstâncias stressantes (estrutura organizacional em que o sujeito se insere - factores extrínsecos ou sociais) e, por outro, o significado/interpretação que cada indivíduo confere a estes acontecimentos(factores intrínsecos ou psicológicos).
Selye caracteriza o stresse segundo três fases: Reacção de Alarme , Fase de adaptação ou Resistência e Fase de Exaustão (esta só se manifesta em situações de maior gravidade e persistência). O perigo detectado pode ser real, imaginário ou fantasioso.
O HIPOTÁLAMO, e por sua vez a HIPÓFICE, é considerado o principal responsável cerebral pelas respostas fisiológicas às situações stressantes.
O stresse deve ser encarado numa perspectiva sistémica, na medida em que o sujeito se relaciona com a família, o mundo do trabalho, a sociedade em geral. Neste sentido, os factores que podem gerar e/ou evitar o stresse relacionam-se com recursos pessoais (como por exemplo a auto-estima ou traços de personalidade) e o suporte da rede social (apoio familiar). Daí que uma mesma situação pode constituir fonte de stresse para um indivíduo e para outro constituir um desafio.
O stresse levado ao extremo é fonte de muitas patologias, como o Síndrome de Burnout ou o Stress Pós-Traumático.



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