Fundamentos e metodologias do cuidar e brincar
(Ronaldo)
INTRODUÇÃO
Bem, podemos notar como as crianças têm aprendido com os adultos, mesmo sendo certo ou errado. As crianças não nascem sabendo brincar, evidentemente elas aprendem a se relacionar, aprendem a se sociabilizar com o outro a partir do momento de brincadeiras e tato com outros também.
BRINQUEDO, GÊNERO E EDUCAÇÃO NA BRINQUEDOTECA
Resumo elaborado a partir do texto de: Tizuko Morchida e Andreia Tiemi
As crianças não carregam em si os preconceitos que nos adultos temos, vemos que no decorrer da vida acrescentamos em nos preconceitos que geram distancias de outras pessoas. A partir do momento que analisamos o outro e vemos as diferenças e respeitamos as diferenças e podemos ver como é necessário e importante as diferenças para o dia a dia, então iremos avançar o nosso conhecimento e o nosso relacionamento, independentemente de como vive e lida esse outro.
Tais brincadeiras do cotidiano é a oportunidade para a criança assumir papéis interessantes, ativos e movimentados, aprende-se a liderar, a tomar iniciativas na definição dos enredos, além de usar a linguagem corporal e oral para expressar idéias. Cada brinquedo, cada brincadeira trás a criança um ato criado pela imaginação, fazendo com que cada criança se desenvolva melhor e possa aplicar sempre a vontade de criar, de fazer, quando se podem fazer e criar com experiências de gêneros diferentes. Não podemos estigmatizar o processo de formação da criança, menino só brinca com menino, essas idéias eram bem colocadas há alguns anos atrás, ainda alguns pais não abriam mão desse tabu.
É nessas experiências que se aprende a vida, a respeitar a sua vez, a esperar, uma educação de qualidade se inicia com a observação da criança, de seu brincar livre, para planejar ações pedagógicas, e ver que promover e estimular o brincar entre meninos e meninas, orientados pela psicologia modernista do desenvolvimento ira muito melhorar e facilitar a manutenção das relações consideradas patriarcais de gênero.
A LUDICIDADE DA CRIANÇA E SUA RELAÇÃO COM O CONTEXTO FAMILIAR
Raquel Conte Polleto
É interessante notar que quando alguém faz algo que lhe dar prazer a vida fica com melhor sentido de se viver. Muitos adultos dizem nunca ter tido infância, dizem nunca ter tido a oportunidade de brincar de pique-pega, rouba-bandeira entre outras, eles se sentem frustrados, por não ter tido aquela oportunidades como outros. Sentem-se inseguros se uma criança lhe chamam para brincar, se irritam com facilidade.
A família deve proporcionar para a criança um ambiente no qual a criança tenha desejo e prazer em estar La. Por exemplo a escola, muitas crianças não gostam de estar La, porque existe aquela pedagogia tradicional, quadro negro, copiar e só isso, essa escola não é citada como um local para o brincar, demonstrando que apesar de freqüentarem, há uma desvinculação do ambiente escolar com a realidade cotidiana destas crianças, muito mais exigindo normas e aprendizagem do que se oferecendocomo um local prazeroso para o desenvolvimento de atividades lúdicas. Sabe-se que os jogos competitivos, os jogos que estimulam estratégias, bem como a motricidade podem e deveriam ser estimulados por essa instituição, favorecendo assim a capacidade de raciocínio e outras habilidades corporais e sociais necessárias para lidar com as diversas circunstancias da vida.
As famílias de classe pobre, na verdade não vê a necessidade da brincadeira com seu filho devido a carga de trabalho exercida sobre ele, e o cansaço e a fadiga lhe tiram esse fôlego. Mesmo nessas classes pobres há o uso excessivo de utilização por brinquedos industrializados necessitam melhor investigação quanto a apropriação que as crianças fazem com tais brinquedos, afim de verificar a possibilidade de criarem e recriarem novos significados.
Segundo Brougere, os brinquedos também possibilitam a manipulação das imagens, das significações simbólicas, que constituem uma parte da impregnação cultural à qual a criança esta submetida, a criança na maior parte das vezes não se contenta em contemplar ou registrar as imagens, ela as manipula na brincadeira e ao fazê-lo transforma-as e lhes da novas significações. Quanto mais ativa for a apropriação mais forte ela se torna. O valor lúdico reforça a eficácia simbólica do brinquedo. Isso é que faz a especificidade do brinquedo em relação a outros suportes culturais, a relação ativa introduzida pela criança. A representação é transformada diversas vezes e posteriormente é personalizada. Através do brinquedo a criança constrói suas relações com o objeto, relações que constituem esquemas que ela reproduzirá com outros objetos na sua vida futura. Sendo esse objeto permeado pelo adulto, toda relação com o brinquedo pressupõe uma relação com ele e com as imagens dos discursos.
CONCLUSÃO
Conclui-se que sem brincar não há educação, brincar-se com o brinquedo, sem preconceito, vendo que uma educação com qualidade começa com a descoberta do diferente, a possibilidade da criança notar e questionar o diferente, não se importar que esse diferente venha a lhe trazer rupturas em seu estilo de vida.
Auxiliar nossas crianças na tarefa da vida é oferecer a elas a oportunidade de fazer aquilo que lhes dar prazer, aquilo que lhe trará aprendizagem para a vida. O lúdico deve estar presente nas brincadeiras infantis, deve-se notar a necessidade de dar a criança o direito em se divertir, em aprender a respeitar o outro a partir de cada brinquedo e cada brincadeira.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
MEC. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: Ministério da Educação e do desporto, 1998. Volume 1
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