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Afectação do Sistema Nervoso Central por HIV
(M. José Barrachina)

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A população com infecção por HIV é muito hereogênea. Pode-se falar, por um lado de patologia dual, por haver um duplo diagnóstico – transtorno por uso de substâncias e transtorno psiquiátrico – e por outro de tripo diagnóstico, pela associação entre transtorno por abuso de substâncias, transtorno psiquiátrico e infecção por HIV. A comorbilidade constituiu um factor de risco importante para a infecção, por isso é necessário estabelecer critérios claros no tratamento. Há uma dificuldade inerente à manutenção do tratamento em pacientes com HIV. Deverá tentar-se as máximas melhoras com os menosres efeitos secundários possíveis. Não existem critérios firmemente estabelecidos em relação à dosificação, que deve ajustar-se em função dos resultados práticos obtidos. Na prescrição de psicofármacos, os factores prioritários são a interacção com outros medicamentos e com possíveis adições.

Transtornos afectivos:
Na depressão o tratamento deverá ser efectuado pela eleição de um antidepresivo que tenha a melhor eficácia e os menores efeitos secundários. Os pricípios de tratamento em pacientes com SIDA são similares aos usados para a população em geral. O carbonato de lítio pode ser usado em pacientes que previamente o utilizaram com êxito. No caso da terapia com lítio não ser tolerada pelo paciente podem ser usados tratamentos alternativos, como a carbamacepina ou valporato. Em geral os antidepressivos tricíclicos são fármacos a evitar como primeiro tratamento da depressão em pacientes com HIV, principalemnte pelos efeitos secundários anticolinérgicos que apresentam e pelo seu poder sedativo. Os ISRS (como fluoxetina ou paroxetina) podem ser os fármacos de eleição, pela ausência de efeitos adversos anticolinérgicos e antiadrenérgicos e pelo seu alto nível de segurança em caso de sobredosificação. Existem novos antidepressivos que são usados como alternativa aos efeitos secundários daqueles (bupropion, trazodona). O papel dos IMAOs em pacientes com SIDA é especialmente problemático pelas restições dietéticas e interacções medicamentosas que apresentam.
Na mania , o lítio é normalmento o tratamento adequado. Devido às características de determinados pacientes, outros agentes como antipsicóticos e anticonvulcionantes são boas alternativas.

Transtornos de ansiedade:
As benzodiacepinas são amplamente prescritas pela sua acção ansiolítica e hipnótica em pacientes com infecção HIV. É necessário manejar e prescrever com precausão estes fármacos, sendo aconselhável selecionar as benzodiacepinas de vida média curta.
A trazodona é um antidepressivo sedante que pode utilizar-se em combinação com as benzodiacepinas, quando se considera uma intervenção a longo prazo.
Os antidepressivos são eleitos para o tratamento a longo prazo do transtorno de pânico. Novos agentes como os ISRS e a venlafaxina são bem tolerados.
A buspirona é um ansiolítico (não relacionado com as benzodiacepinas) que não produz sedação, não tem risco de dependência, nem causa depressão respiratória.
Os antipsicóticos sedantes são adaptados a doentes com encefalopatia por HIV que apresentam sintomas de inquietude e ansiedade, delírio, alucinações, crises de pânico ou sinais precoces do complexo Demência-SIDA.

Transtornos psicóticos:
Os antipsicóticos convencionais (haloperidol, tioridacina) foram usados amplamente no tratamento das complicações psiquiátricas da encefalopatia SIDA. No entanto, os pacientes infectados com HIV são mais sensíveis aos efeitos secundários extrapiramidais e aos efeitos anticolinérgicos associados a esta medicação, destacando-se o SNM e as reações distónicas severas. No tratamento da psicose relacionado com o HIV pode-se tentar uma redução da dose ou um completa eliminação dos antipsicóticos, uma vez que os sintomas estão sob controle, mas sempre será necessária uma vigilância.
Os antipsicóticos atípicos (Clozapina, Risperdona) produzem uma modesta mas significativa redução da sintomatologia psicótica. Parecem não bloquear os receptores dopaminérgicos a nível estriatal, não produzindo os efeitos secundários típicos dos antipsicóticos clássicos.



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