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Clorpromacina e Clozapina
(Alfonso Moreno)

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A Clozapina foi o primeiro antipsicótico eficaz em sintomatologia negativa (Kane et al 1988, num estudo comparativo entre a Clozapina e a Clorpromacina em pacientes com esquizofrenia resistente). Num estudo posterior (Buchaman et al., 1998) constata-se a maior eficácia daquele medicamento frente a Haloperidol no que respeita apenas à sintomatologia positiva, já que não se verificava uma melhoria na sintomatologia negativa (primária ou secundária), resultados confirmados pelo estudo de Rosenheck et al., 1999. Kane et al. (2001), num segundo estudo entre a Clozapina e o Haloperidol concluiu o mesmo.
A Clorpromacina pertence ao maior grupo de antipsicóticos: as Fenotiacinas, associadas a uma alta incidência de efeitos secundários anticolinérgicos, devido à sua relação próxima com os antihistamínicos; no entanto têm sido desenvolvidas Fenotiacinas com menores efeitos secundários. As Fenotiacinas bloqueiam os receptores pós-sinápticos da dopamina em certas áreas do SNC, em áreas associadas às emoções, funções cognoscitiva e motriz. O resultado é um efeito traquilizante. Durante os últimos anos surgiu uma nova classe de antipsicóticos (atípicos) que diferem dos neuroléticos no que respeita ao seu mecanismo de acção e ferfis de efeitos secundários. Os novos antipsicóticos atípicos bloqueam receptores específicos da dopamina (D2), assim como receptores específicos de serotonina no cérebro (5-HT2). A Clozapina faz parte deste grupo; a característica clássica de acção sobre os receptores D2 é baixa comparando com alguns neuroléticos clássicos, o que justificaria o seu menor risco de produzir quadros extrapiramidais. Apresenta caracerísticas que a convertem na molécula mais eficaz entre os antipsicóticos para os pacientes resistentes ou maus respondedores a moléculas clássicas.
A Clorpromacina (Antipsicótico Fenotiacínico) tem fortes efeitos anticolinérgicos e sedantes e é um potente antiemético. A dose a aplicar varia de 30 a 1000 mg/dia em doses divididas. A Clozapina (Antipsicótico Dibenzodiazepina) é aplicada em doses de 330 a 900 mg/dia e é adequado ao tratamento de sintomas psicóticos nos pacientes que não respondem a outras terapias com antipsicóticos.
Na eleição do neuroléptico devem ser observados os sintomas apresentados e as respostas prévias do paciente, que expressa a sua doença de forma particular e responde desta mesma formaao tratamento. Os principais factores a ter em conta para eleger um antipsicótico são: eficácia e efectividade contrastadas, experiência, tolerência, condicionamentos clínicos (momento evolutivo da doença, tratamentos prévios e respostas obtidas, história familiar de esquizofrenia e resposta ao tratamento, estado somático do paciente e cumprimento prévio de outros tratamentos), aspectos farmacocinéticos e farmacodinâmicos, de seus efeitos secundários e contraindicações (sedação, anticolinérgicos e extrapiramidais), custos socio-sanitários (a curto prazo os antipsicóticos atípicos são mais caros; a longo prazo diminuem os custos indirectos da doença) e aproximações etiopatogênicas.

Bibliografia consultada :
- Las esquizofrenias: sus hechos y valores clínicos y terapéuticos. Por Alfonso Chinchilla Moreno.
(http://books.google.pt/books?id=JAo8OsWTCTQ C&pg=PA240&dq=estudio+comparativo+CLORPROMA CINA+CLOZAPINA+esquizofrenia&hl=pt-BR#v=one page&q=estudio%20comparativo%20CLORPROMACINA%20CLOZAPINA%20esquizofrenia&f=false)
- Lilley, L.L., Farmacología en enfermería, 2a ed. ©1999. Por Linda Lane Lilley.
( http://books.google.pt/books?id=XpHLCYmOuXcC &pg=PA182&dq=estudio+comparativo+CLORPROMAC INA+CLOZAPINA+esquizofrenia&hl=pt-BR#v=onepage&q=&f=false )



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