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Introversão (psicanálise)
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Termo introduzido por Jung para designar, de um modo geral, o desligamento da libido dos seus objetos exteriores e a sua retirada sobre o mundo interior do sujeito, produzindo intensas fantasias, impedindo a satisfação direta da vivência sexual real com o objeto. Na introversão o indivíduo não foge do objeto, porém não busca a sua satisfação através deste, mas sim na fantasia ligada a este objeto. Já, na timidez, o indivíduo foge da presença do objeto, podendo ou não produzir fantasias.
Exemplo de introversão – na festa, não dança, não se aproxima do sexo oposto, mas fica olhando.
Exemplo de timidez – na festa, fica longe do salão de dança, afastado de todos, podendo optar por ajudar na cozinha.
Freud retomou o termo, mas limitando o seu emprego a uma tranferência da libido do objeto para um investimento de formações intrapsíquicas (internas) imaginárias (fantasias), o que não deve ser confundido com o investimento da
libido sobre o ego (narcisismo secundário). A introversão ocorre principalmente no campo pré-consciente, já a timidez caracteriza-se por formações inconscientes (recalques mais profundos). Ambas estão ligadas à rigidez do ideal de ego, aos complexos e aos sentimentos de inferioridade e de insegurança. O termo introversão aparece, pela primeira vez, em Jung, no artigo “Sobre os conflitos da alma infantil, 1910”. Será encontrado em numerosos textos posteriores, particularmente em “Metamorfoses e símbolos da libido, 1913”. O conceito conheceu depois larga difusão nas tipologias pós-junguianas (oposição entre os tipos introvertido e extrovertido).
Embora tenha admitido o termo introversão, Freud fez logo reservas quanto à extensão a ser atribuída ao conceito.
Para ele, a introversão designa o investimento da libido (desejos, energia sexual) sobre objetos imaginários ou fantasias; neste sentido, a introversão constitui um momento da formação dos sintomas neuróticos, momento consecutivo à frustração e que pode conduzir à regressão às fases mais felizes. A libido “...desvia-se da realidade, que perdeu o seu valor para o indivíduo, devido à frustração obstinada que dela provém, e volta-se para a vida fantasística, onde cria novas formações de desejo e reanima os traços anteriores de formação de desejo já esquecidos”. Em “Sobre o narcisismo: uma introdução, 1914”, Freud critica o emprego demasiadamente amplo do termo introversão, que levou Jung a designar a psicose como neurose de introversão. Freud opõe o conceito de narcisismo (secundário), como investimento da libido sobre o ego, ao de introversão, que define como investimento da libido sobre fantasias e designa a psicose como neurose narcísica.



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