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Far Cry 2: um jogo de tiro com qualidades e defeitos.
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Lançado em
2008 para PC, PS3 e Xbox 360, Far Cry 2
herda de seu antecessor o status de obra prima no setor visual. Os gráficos do
jogo são excepcionais, com texturas detalhadíssimas, efeitos de luz e sombra
realistas, ambientes gigantescos, etc. A Crytech,
desenvolvedora do jogo, não poupou esforços para fazer de Far Cry 2 um dos jogos mais belos de sua geração, tanto
tecnicamente quanto artisticamente. Cada canto do mundo de Far Cry 2 é extremamente rico em detalhes, tanto que se a
apresentação gráfica fosse a única atração deste jogo ele já seria digno de
nota. Os efeitos sonoros também são excelentes, ajudando a aumentar a sensação
e imersão no universo do jogo. Uma outra novidade são os efeitos realísticos de
simulação de fogo. No jogo, o fogo se espalha como na realidade, tornando a
jogabilidade mais interessante. É possível, por exemplo, incendiar o
acampamento inimigo antes de invadi-lo, assim as árvores e cabanas de madeira
serão destruídas, deixando o inimigo exposto ao seu ataque. Foi implementado
também um sistema de ciclos diurno e noturno, para aumentar o realismo do jogo.


Ao contrário do que se poderia esperar, Far Cry 2 não é uma sequência direta do primeiro jogo. Desta vez, o jogador controla um mercenário contratado para
matar um contrabandista de armas conhecido apenas pelo nome de “The Jackal”. O cenário do jogo foi
transposto das ilhas paradisíacas do Oceano Pacífico para as selvas cerradas,
desertos áridos e savanas do continente africano. O novo cenário é sem dúvida
interessante e, digo novamente, a quantidade de detalhe aplicada a ele é
surpreendente. Entretanto, a apresentação da história do jogo é fraca,
tornando-a desinteressante. O enredo é, portanto, o ponto mais fraco deste
jogo. Nesse sentido, Far Cry 2 é
muito inferior ao seu antecessor.

Um dos
motivos pelo qual o primeiro Far Cry
foi tão apreciado era a vastidão dos ambientes, que podiam ser explorados e permitiam
que o jogador completasse os objetivos das missões de maneira variada. Far Cry 2 expande ainda mais os
cenários, lançando o jogador em um ambiente realmente imenso. Como no primeiro
jogo, é possível utilizar barcos e carros para se movimentar. Entretanto, em Far Cry 2 o uso de veículos é muito mais
importante do que no primeiro jogo, visto que as distâncias a serem percorridas
para se completar as missões são muito maiores. Essas missões são geralmente
tarefas delegadas ao jogador pelo líder uma facção do jogo. Assim, o
protagonista do jogo está sempre cumprindo tarefas para outros personagens do
jogo, de uma maneira semelhante àquela dos jogos da série Grand Theft Auto. As
missões geralmente envolvem se locomover a determinado local, roubar um certo
objeto ou matar algum personagem e retornar ao quartel general de uma das
facções do jogo para receber outra missão. Esse esquema se torna previsível com
o desenrolar do jogo e acaba se tornando tedioso. Evidentemente, existem
missões secundárias com objetivos mais diversos, mas mesmo essas acabam se
tornando repetitivas. Além disso, a grande distância a ser percorrida no mundo
do jogo faz com que o jogador esteja segurando um volante na maior parte do
tempo, o que pode ser cansativo. O que salva Far Cry 2 do tédio é a possibilidade de cumprir cada missão de
inúmeras maneiras. Assim, é possível adotar diferentes estratégias para o
cumprimento de cada uma delas, acrescentando um pouco de variedade ao jogo.
Pessoalmente, eu ainda prefiro o estilo de jogo do primeiro Far Cry, que dava certa liberdade ao
jogador mas mantinha certa linearidade, fato que lhe possibilitava oferecer
experiências mais diversificadas.

Outro ponto que considero negativo em Far Cry 2 é que o jogo sofre de uma certa falta de originalidade. Apesar
de ter sido revolucionário em muito sentidos, acredito que Far Cry 2 deva muitos de seus elementos
de design a um outro jogo: S.T.A.L.K.E.R:
Shadow of Chernobyl, lançado pela THQ
em 2007. S.T.A.L.K.E.R também
apresentava um mundo massivo, jogabilidade aberta e uma história não linear,
assim como ciclos diurno e noturno. Dessa maneira, a meu ver Far Cry 2 apenas aperfeiçoou e refinou
as mecânicas que já estavam presentes emS.T.A.L.K.E.R. Mesmo assim, Far Cry 2 se mostra original em alguns
aspectos, como por exemplo no sistema de regeneração de vida. Quando o
personagem controlado pelo jogador se encontra terrivelmente ferido, atingido
por uma bala fatal, por exemplo, para se recuperar é necessário remover a bala.
Isso é feito com o apertar de um botão e então é possível ver a bala sendo
retirada do ponto de vista do jogador, naquele mesmo instante. Essas cenas são
muito interessantes e extremamente variadas, sendo um dos momentos mais
divertidos de Far Cry 2.

Em suma, Far Cry 2 tem seus altos e baixos, mas é sem dúvida um ótimo jogo
de tiro. Seus gráficos espetaculares e realismo formidável são pontos
favoráveis ao jogo. Entretanto, a experiência pode se tornar tediosa com o
tempo. Se você gosta de jogos de tiro com um mundo vasto e jogabilidade aberta
e está familiarizado com o gênero ou curioso, eu recomendo que você dê uma
conferida em Far Cry 2. Entretanto,
apesar de ser um ótimo jogo, acredito que esse não seja melhor do que o
primeiro Far Cry.



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