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Fita Verde no Cabelo nova velha estória de Guimarães Rosa
(Guimarães Rosa)

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O conto “Fita
Verde no cabelo” termina em final triste, pois a avó morre e não é resgatada da
barriga do lobo para viver feliz para sempre ao lado se sua neta. Numa
narrativa com alguns elementos reais, assim como a linguagem e a própria
estruturação das frases: numa mistura simples e ao mesmo tempo inovadora à lá
Guimarães Rosa.

Existe uma
preferência pela frase curta, coordenada, conforme os desígnios pós-modernistas [1] ,
sem contudo, se rechaçar a riqueza sintática da subordinação. Garcia ainda
afirma ser a coordenação a marca da frase moderna: é o “que lhes dá um feitio
de frase moderna” (GARCIA, p. 133). Mas as subordinadas instaram-se suavemente
no enunciado. Nilce Sant’Anna diz que “passada a fase mais revolucionária do
movimento modernista, a frase vai ganhando extensão mais normal, e na
atualidade, embora haja grande variedade, pode-se dizer que o mais comum é a
frase curta, mas não telegráfica” (MARTINS, 2003, p. 145).

No texto
“Fita Verde no cabelo” de Guimarães Rosa emergem vários itens, todos
perfeitamente relacionáveis ao semântico. Aliás, parece ser a busca pela
coerência o sentido maior de qualquer texto, e no caso de Guimarães, a relação
locutor-interlocutor é levada às ultimas conseqüências, principalmente se
considerarmos a preocupação em se criar orações coesas e sobretudo
compreensíveis, ainda que com marcas inovadoras.

De tudo,
não podemos deixar de frisar a riqueza da obra tomada pelo seu âmbito geral: a
par do aprimoramento e da originalidade inesgotável da expressão literária,
destaca-se nessa obra uma reflexão sobre o grande mistério que é a existência
humana. E ficamos com uma certeza, a da distância que nos separa de uma análise
completa do texto, visto a sua vastidão de possibilidades. Contudo,
contabilizaram-se as inferências gerais realizadas até agora, pois demonstraram
as várias perspectivas de abordagens que a estilística permite.



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