O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissiona
(IAMAMOTO; Marilda)
A REALIDADE REGIONAL E O SERVIÇO SOCIAL
Desde tempos imemoriais, a humanidade conheceu a miséria, a pobreza a ignorância, e a doença. A revolução industrial e os progressos extraordinários realisados nas ciências e na tecnologia durante os dois últimos séculos permitiram que as maiores partes dos povos da Europa, da América do norte e da Austrália, atingissem níveis de vida, de saúde e de educação jamais antes conhecidos na historia humana. Desde a segunda guerra mundial; essas nações “desenvolvidas” do Oeste começaram a descobrir que a maior parte dos paises da áfrica, da Ásia, e da América latina, constituído o que se chama “terceiro mundo”, quer dizer, não se identificando com nenhum dos dois campos políticos principais, haviam participado pouco do aumento do nível de vida dos paises da abundancia. Este reconhecimento, longe de ser completo, da injustiça e dos perigos desta situação, conduziu a um aumento rápido da assistência técnica material e financeira, tanto da parte dos governos como dos organismos voluntários dos paises “em desenvolvimento”.Com este trabalho pretende-se expressar a importância dos indicadores sociais para a construção de políticas públicas e a relação dos mesmos com o profissional de Serviço Social.
Os indicadores sociais surgiram no século XX, ao lado das atividades de planejamento do setor público. O marco dos indicadores sociais ganha destaque a partir da década de 1960 por alguns motivos: surge um corpo científico que lhe dá sustentação; há crescimento industrial e econômico; acontecem grandes transformações sociais. Nesse período, há um realce evidente e contraditório entre o crescimento econômico e a melhoria das condições sociais da população em países do terceiro mundo. O crescimento econômico de um país não possibilitava condições suficientes que garantiam o desenvolvimento social do seu povo. Enquanto o seu produto Interno Bruto crescia gerando riquezas para os países (em especial do terceiro mundo), aumentavam-se, assustadoramente, os níveis de pobreza (miséria) e desigualdade social. Durante a década de 1970, há um descrédito da sociedade em relação ao papel do Estado quanto às atividades de planejamento público. A partir da década de 1980, surge a reimplantação com inovações das políticas públicas: planejamento local; planejamento participativo; descentralização. Nesse período entram em cena as universidades, sindicatos, centros de pesquisa, agências do sistema de planejamento público, estatísticas públicas: todos empenhados segundo Jannuzzi (2004) num “aprimoramento conceitual e metodológico de instrumentos mais específicos de quantificação e qualificação das condições de vida, da pobreza estrutural e outras dimensões da realidade social...”. Surgindo, desta maneira, um sistema de indicadores sociais com o objetivo de serem instrumentos de análise e acompanhamento técnico das políticas públicas que devem gerar uma mudança social justa e igualitária. A utilização dos indicadores sociais é de suma importância para a utilização para a leitura e monitoramento da realidade. Os assistentes sociais devem estar aptos para a utilização dos indicadores sociais, o que contribui para a ação profissional e consequentemente, para a sociedade civil.
Conclusão
A sociedade atual vem passando por inúmeras e avassaladoras transformações, exigindo que o profissional de Serviço Social esteja atento ao contexto social onde são geradas essas transformações. Isto para que suas ações sejam adequadas ao momento presente, conforme as necessidades sociais de seus usuários. Para apreender a constante metamorfose social, é necessário que o mesmo esteja atualizado, numa contínua vigilância social.
Conforme uma pesquisa de YWATA et al. (2008) com alguns profissionais do Serviço Social, constatou-se que os mesmos possuíam um discurso teórico acirrado em defesa dos direitos sociais, reconhecendo a importância de construir e utilizar indicadores sociais, mas não os utilizavam em suas ações diárias. Isto expressa a necessidade de incorporar, com mais empenho, a aplicação dos indicadores sociais na prática profissional dos Assistentes Sociais, não estagnando somente num discurso teórico. É imprescindível a utilização dos indicadores sociais no desenvolvimento de um programa, projeto ou serviço pelos profissionais de Serviço Social. Eles servem para direcioná-los na busca de um conhecimento teórico sobre questões a serem abordadas, gerando ações eficazes de intervenção que provoquem um impacto transformador em determinada realidade social. Enfim, os indicadores sociais auxiliam no diagnóstico de situações concretas, na definição de metas prioritárias e no direcionamento das ações contínuas do profissional do Serviço Social em seu processo de gestão social.
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