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A mãe do Prado
(Super Interessante nº 160 Agosto)

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Na sala 75 do Museu do Prado em Madrid, a legenda do retrato da rainha Maria Isabel de Bragança, apresenta-a como fundadora do referido Museu, facto desconhecido da maioria dos portugueses.
Foi uma rainha adorada pelo povo espanhol e ainda hoje lhe são prestadas inúmeras homenagens.
A pedido de seu marido, o rei Fernando VII, é encarregue de supervisionar as obras do Escorial.
O Monumento estava danificado desde a Guerra da Independência (1808 a 1814), entre Portugal, Espanha, Reino Unido e França.
Numa das visitas ao Escorial, vai ao sótão do edifício e, depara-se com imensas obras de arte de mestres italianos, flamengos e espanhóis, compradas por Diego Velasquez por ordem do rei Filipe IV.
O facto de haver em França o Museu do Louvre, serve de argumento à rainha para convencer o marido a criar um museu onde pudessem ostentar as obras de arte e provar à Europa a existência de uma Escola Nacional de Arte Espanhola.
O rei tem consciência do valor das obras, tendo até oferecido ao duque de Wellington obras de Velasquez, Van Dick, entre outros, pela ajuda dada a Espanha para se libertar de Napoleão.
Fernando VII aproveita também a oportunidade para solicitar a França a devolução da tela da Sagrada Família de Rafael Sanzio.
O MuseuNacionalda Pintura e Escultura , por influência directa da rainha, passa a chamar-se Prado, devido à sua localização num terreno amplo e plano. As obras de restauro, foram custeadas com fundos pessoais da própria rainha.
Maria Isabel de Bragança nasceu em 1797, em Queluz, Portugal e era filha de D. João VI e de D. Carlota Joaquina. Descrita como generosa, tranquila, dócil, romântica e sensível à arte, viveuparte da sua juventude no Brasil, para onde a corte se tinha mudado aquando das invasões francesas em 27 de Novembro de 1807.
Volta à Europa em Março de 1818, para casar com o rei D.Fernando VII, de Espanha, mas não foi muito bem recebida em Madrid e um cartaz dizia mesmo :” feia, pobre e portuguesa”.
Com o tempo, Maria Isabel é bem aceite e o facto de recusar os festejos em honra do seu casamento cai bem junto dos espanhóis.
Depois da primeira gravidez o rei desinteressa-se dela, tendo muitas aventuras.
Foi com surpresa que a viram amamentar a própria filha, hábito que trouxe do Brasil. Contudo, a filha vem a falecer. Engravida segunda vez, tem um parto difícil e prolongado, acabando por morrer , assim como o bebé.
Aquando da sua morte, a 28 de Dezembro de 1818, já havia 850 obras de arte no museu do Prado que foi aberto ao público no ano seguinte, sem a presença da sua fundadora.
Hoje, o museu tem milhares de obras entre pinturas, desenhos, gravuras, esculturas, moedas e peças de arte decorativas.
Nuno Lima de Carvalho, director da Galeria de Arte do casino do Estoril, desde 2008 que se tem dedicado a abordar pessoas dos mais diversas áreas, questionando-as sobre quem fundou o Museu do Prado em Madrid e tambéma divulgar o legado desta rainha nascida em Portugal.
O interesse veio pela mão de um neto que participou num projecto cultural em Espanha e que lhe trouxe de Salamanca um catálogo de uma exposição itinerante do Museu do Prado.Aí encontrou num retrato a seguinte legenda :” Reina de Braganza, fundadora del museu del Prado”.
Ficou de tal modo fascinado que instituiu o prémio com o nome da rainha, no Salão da Primavera que a Galeria de gfgb«´´«443´ Arte do Casino do Estoril, promove todos os anos para descobrir novos talentos na área da pintura.



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