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O Papagaio e o Tamanduá
(Lendas Brasileiras)

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Houve um tempo em que as florestas eram muito sem graça. As flores, as folhas e as frutas eram todas brancas. Os bichos, cansados daquela monotonia de cores, reuniram-se em assembleia para acharem uma solução. O Papagaio, sempre metido, coordenava a reunião. Falava o tempo todo sem chegar a conclusão alguma, até que o Tamanduá interrompeu. Sugeriu que se pintasse a floresta. O Gavião, que voa bem alto, poderia ir até às nuvens, onde vive a deusa das matas, e pedir tinta de todas as cores. Todos gostaram da sugestão, menos o invejoso papagaio que queria ter tido a brilhante ideia. O Gavião foi falar com a deusa. Ela deu-lhe as tintas, mas pediu que não bagunçassem demais a natureza.
O Gavião foi e voltou muitas vezes, até trazer tinta suficiente para a grande obra. O Papagaio ofereceu-se para cuidar das latas até começar a pintura. Curioso, abriu as latas e derrubou tudo no chão. Resolveu então pintar-se todinho, usando todas as cores. Só não teve tempo de pintar o bico e os pés, pois os outros bichos chegaram. Estes ao verem o sucedido quiseram dar uma surra no Papagaio. No entanto, um sapo sensato pediu que parassem, afinal todos sabiam que o Papagaio era uma criatura fútil e egoísta. O Tamanduá, sim, era responsável, além de dono da idéia, e deveria tomar conta de tudo. O Papagaio foi afastado do cargo. E lá foi o Gavião falar com a deusa. Contou o que tinha acontecido, pediu desculpas e mais tinta. A deusa precisava da tinta para um arco-íris, mas deu mais uma chance para a bicharada.
Os animais começaram a pintar a floresta sob a coordenação do Tamanduá O Papagaio, muito egoísta, pediu que lhe dessem tinta dourada para o bico e os pés. Os animais não deram importância ao pássaro arrogante. Ele se emburrou e se escondeu para não ter que ajudar ninguém. Ficou então atrás de uma árvore bisbilhotando o trabalho.
Quando tudo estava quase pronto, a deusa apareceu e ficou surpresa com a bela combinação de cores. Disse que, ela mesma, não conseguiria fazer um trabalho tão perfeito. Os bichos fizeram uma grande festa para comemorar, mas o Papagaio não foi convidado. Ele não tinha ainda o bico torto, tinha o bico mais bonito de todas as aves. O Tamanduá também não tinha um focinho comprido, tinha o focinho mais bonito de todos os bichos. O Papagaio, vingativo, resolveu ridicularizar o Tamanduá.
O pássaro malvado fez uma flauta de bambu e disse para o Tamanduá que era mágica. Um presente da deusa da floresta. Com ela poderia tocar o som mais lindo do mundo, só que deveria ser tocado com o focinho dentro. O Tamanduá enfiou o focinho na taquara e ficou preso. Ninguém conseguia tirá-lo. O Gavião correu para a deusa pedindo socorro. Ela, com a ajuda dos bichos mais fortes, arrancou o bambu, que voou longe, acertando em cheio no bico do Papagaio.
Foi assim que o Tamanduá ficou com o focinho comprido e o Papagaio com o bico torto. A deusa resolveu castigar ainda mais o Papagaio. O bicho tagarela ia passar o resto da vida falando, não o que pensasse, só o que ouvisse. Por isso, os papagaios repetem tudo que a gente fala.



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