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Mentes Perigosas
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Sua trajetória em uma escola
norte-americana de Ensino Médio para alunos muito capazes, porém, com grandes
problemas sociais é abordada no texto do filme. Em ‘Mentes Perigosas’, o
problema apresentado está fundamentalmente relacionado à indisciplina
dos alunos. A maioria deles é de origem latina, tendo dificuldades
financeiras e marginalizadas, além disso, fica evidente que a prática que o
professor optou para ensinar os alunos tem um impacto positivo na vida pessoal
de alguns. Mesmo não sendo esta questão explorada no filme, este fato reflete
sobre a representação que o professor exerce na sociedade em geral com relação
a sua percepção sobre desenvolvimento de projetos, pode-se afirmar que o
docente é repetidamente visto enquanto aquele “mágico salvador”, sendo o
principal responsável pelos sucessos e fracassos na sala de aula. Ao discutir a
representação sobre “o bom professor como é a professora representada no
filme “Mentes Perigosas, percebo dificuldade de profissionais em conquistar
os alunos, pois tudo que se tem a fazer é chamar a atenção deles conquistá-los
ou desistir.” A ação dos professores acredita-se deve centrar nas ações lutar,
conquistar, insistir ou desistir, abandonar. Apesar das alternativas
da professora estar relacionada a processos materiais a ação propriamente dita
tem relação com permanecer na escola e investir/acreditar na educação de seus
alunos ou partir e não se “importar” com o comportamento daqueles alunos
rebeldes, pois é o que devemos fazer insistir e tentar mudar e integrar os alunos.

No
filme um aluno ironicamente indaga a professora: “O que temos para a aula de
hoje?”, Louanne responde: “Minha própria arma secreta”. A partir desta
situação, fica evidenciado que a professora não irá desistir, mas sim resistir
e investir no potencial de seus alunos. A professora, além de ser mostrada como
aquela que enfrenta adversidades, é também uma profissional mal remunerada.
Este fato é evidenciado no seguinte diálogo quando uma aluna questiona: “Por
que se importa? Você só está aqui pelo dinheiro.” Professora: “Porque eu
escolhi me importar. E não é tanto dinheiro assim.” Nesse trecho, Louanne
salienta a escolha profissional que fez: ser professora. Ela faz uma diferenciação
entre “ensinar/sentir” sua escolha foi “ensinar/cumprir uma função”. A escolha
afetiva parece ser mais valorizada pela professora neste momento, pois nos
afeiçoarmos a pessoas e ao trabalho que fazemos como professor ou em qualquer
atividade é fundamental. Em pelo menos dois outros trechos, o fato de
professores serem mal remunerados é salientado. Situação muito semelhante a que
vivenciamos em nosso cotidiano, pois a escola pública é sinônimo de medo e
descrença para os professores e as particulares de que os alunos por pagarem
querem se impor e ditam as regras, não generalizando, pois em ambas as
situações existem muitas exceções.

O
fato da má remuneração poderíamos entender que os alunos não encontrem novidade
no fato dos professores em geral serem mal remunerados, nesse caso do filme nos
parece que sim, mas no nosso dia a dia não é isso que percebo…

Uma
questão passa no filme é a ação do professor enquanto sendo determinada por
relações de poder exercidas, principalmente, pela direção da escola e pela
Secretaria de Educação. Esta questão pode ser ilustrada pela repreensão dada à
professora pelo diretor da escola controle e a regulagem, exercidos pela
direção da escola, sobre o conteúdo a ser ensinado/aprendido em sala de aula.

Uma
outra questão interessante, presente na fala do diretor, é que professoras
novas são ‘mais espertas’, entendi como, ‘perigosas’. Implícito, nesta
situação, está o fato de que professoras com mais experiência podem ‘já ter
desistido’ de tentar, talvez elas não discordem mais, mas sim aceitem/sigam o
currículo imposto pela Secretaria de Educação, sem questionar a direção da
escola, é possível melhor entender os espaços sociais enquanto construtivos,
pois professores mais ou menos experientes de alguma forma pode e devem
construir, pois somente assim obteremos sucesso no aprendizado em qualquer
faixa etária. Ao confirmar que “tanto o discurso como as identidades sociais
são construídos socialmente”, precisamos compreender que o significado é dialógico,
sendo a conversa com os professores envolvido no processo de construção é fundamental.
Uma outra questão também fica evidenciada: que além de precisarmos aprender a
usar a linguagem para agirmos no mundo social, devemos também ter consciência –
e auxiliarmos outros a desenvolvê-la – de que “os significados que as pessoas constroem
quando agem nas práticas discursivas são reveladores de como compreendem o mundo
a sua volta, a si mesmas e os outros como participantes desse mundo.” É
possível perceber que nossas representações discursivas estão sempre em
movimento, e que, portanto, são alteradas e divididas.

Numa
tentativa de contribuir para uma prática docente numa “atitude reflexiva
inserida em sua identidade profissional” é necessário investir em formação
inicial e continuada de professores com o intuito de despertar futuros professores
para o compromisso profissional. Portanto, enquanto professores preocupados com
a construção discursiva sobre nossa profissão cabem-nos o papel de leitores críticos
sobre como professores são representados no cinema e a missão de
compartilharmos criticamente tal representação para que ela não seja
naturalizada.

Tendo
essa consciência crítica para com os diferentes gêneros textuais que nos representam
discursivamente, seremos membros de uma profissão e assumiremos uma atitude responsável
para com ela. Sobre a representação de expor benefícios para uma educação
reflexiva de professores engajados com sua construção diferenciada, estabelecer,
por exemplo, o impacto que o professor e o ensino exercem sobre a sociedade em
geral pode ser fundamental para investir no processo de reconstrução
profissional docente. Essa tarefa requer dos professores, com maior ênfase na
sua responsabilidade política.

Esse filme me fez ver que podemos mudar o
ponto de vista de cada pessoa, não importa quem essa pessoa seja e sim o que
ela pode se tornar. Esse filme é um exemplo para quem está sem rumo na vida,
mais valor a quem te ensina a ao educador. É muito forte ver jovens se perdendo em drogas
no tráfico e outras coisas mais nos fazem despertar para esta realidade, aprendi
muito...



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