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O mal-estar na civilização
(Sigmund Freud)

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O Freud psicanalista da civilização dá vida a uma análise pessimista, dura e implacável: a promessa de felicidade, a miragem sobre a qual a sociedade moderna alicerça a sua superioridade e perfeição, está destinada a permanecer nada mais do que uma promessa. Na verdade, é o próprio desenvolvimento da civilização, com as suas regras, proibições e permissões, a comprimir o indivíduo negando aquela felicidade a que todos aspiram. Arte, religião e ciência revelam-se gigantescos monólitos criados pela civilização para conter as forças primordiais e as pulsões que agitam o homem. Numa sociedade onde o homem é, na aparência, inteiramente livre de auto-determina-se, onde sexo e ostentação de força se revelam incontestados, esta obra poderia parecer ingénua e ultrapassada. Mas a nossa civilização tomou uma direcção diferente e mais sofisticada: a civilização moderna, igual àquela de um século atrás, está empenhada em fornecer-nos ferramentas para tornar mais tolerável o compromisso com a nossa dimensão constantemente vazia e insatisfeita. É nesse sentido que se pode ver a relevância actual desta obra: na medida em que a exasperação do consumo, do sexo, a idolatria da tecnologia e do dinheiro aparecem hoje como substitutos modernos que a nossa civilização nos oferece . Nada mais do que um sedativo enorme para "anestesiar" a infelicidade humana. "O mal-estar na civilização" foi lançado em 1930 e representa uma das obras da maturidade de Freud. Por esta razão, o livro é um testemunho do conceito do mundo freudiano, agora possível graças à assimilação avançada dos conceitos psicanalíticos, agora aplicados para interpretar a mudança social e cultural em acto entre os séculos XIX e XX.O mal-estar na civilização representa o preço pago pelo Ocidente moderno e civilizado que, se por um lado conseguiu conter a pulsão de morte e, portanto, consegue garantir melhor a ordem social, por outro lado, está cada vez mais exposto ao sentimento de culpa e de facto negociou, de uma vez por todas, segurança em troca de liberdade de expressão pessoal e, portanto, de felicidade.O ponto de vista é, naturalmente, interessante e ainda hoje actual.



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