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Interpretação anagógica (psicanálise)
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Expressão utilizada por Silberer: modo de interpretação comum, não científica, para as formações simbólicas (mitos, símbolos, sonhos,etc.), que explicaria sua significação moral universal, geralmente utilizada no conteúdo das religiões e filosofias em geral, que dá ao símbolo, mito ou sonho um sentido elevado, divino. Assim, está em oposição à interpretação analítica, que reduziria estes ao seu conteúdo particular no conflito psíquico, mostrando suas origens e interfaces na patologia e no sintoma observado.
A noção de interpretação anagógica (do grego, levar para o alto) pertence à linguagem teológica, onde designa a interpretação ?que se eleva, do sentido literal para um sentido espiritual?. Surge com a fase mais evoluída do pensamento de Silberer sobre o simbolismo. Foi desenvolvida em ?Problemas da mística e do seu simbolismo, 1914”. Silberer encontra uma dupla interpretação nas parábolas, ritos, mitos etc. Por exemplo, o mesmo símbolo (um esqueleto) que pode representar, em psicanálise, ?a transformação?, é interpretado anagogicamente como ?morte de alguém. A principal diferença entre a interpretação psicanalítica e a anagógica é que a primeira (interpretação psicanalítica) descreve o estado ou o processo psíquico atual de um indivíduo, enquanto a interpretação anagógica parece indicar um estado ou um processo idealizado, ligado a uma crença qualquer. A interpretação anagógica
tenderia, pois, para a formação de novos símbolos funcionais cada vez mais universais, representando os grandes problemas éticos da alma humana. Silberer julga, aliás, verificar esta evolução nos sonhos, no decorrer do tratamento
psicanalítico.Freud e Jones criticaram a interpretação anagógica. Freud vê, neste tipo de interpretação (anagógica), apenas um regresso às idéias pré-psicanalíticas que tomam, por sentido último dos símbolos, o que na realidade deriva deles (por exemplo, sonhar com uma cruz, na interpretação anagógica, poderia significar espiritualidade, divindade, o que na psicanálise, em função do conflito psíquico, poderia significar culpa). Jones aproxima a interpretação anagógica da significação, atribuída por Jung, ao simbolismo, na definição dos arquétipos. Os famosos livros de interpretação de sonhos, de uma maneira geral, seguem a interpretação anagógica, que se apóia fortemente nas crendices.



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