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As Superstições e Suas Origens
(Abdias Rodrigues)

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No embate da luta pela vida nasceram a inveja, o despeito e a ambição de subir. E para livrar-se de influências maléficas o homem inventou os amuletos e talismãs e tornou-se supersticioso.
Os séculos passarão, mas, enquanto o mundo existir haverá sempre quem acredite que o 13 dá azar, a ferradura dá sorte e o trevo de quatro folhas é o símbolo da felicidade.
Quando se fala em coisas que dão azar vem logo à nossa mente o número 13. E tanto isso é verdade que na Europa não se encontram os quartos 13, 113, 213, etc.
A superstição conseguiu grandes progressos entre os artistas de cinema. Quando deram a Greta Garbo a mesa número 13, num restaurante francês, a estrela sueca saiu tão depressa do restaurante que todos pensaram que houvesse uma cobra debaixo da mesa.
A superstição ao 13 vem da Santa Ceia. Os profetas ditaram: "haverá uma ceia em que tomarão parte treze pessoas, inclusive o Messias. Uma delas trairá o Filho de Deus".
Com isso o supersticioso, naturalmente, passou a ter terror ao número. De fato: se contarmos, da direita para a esquerda, os personagens da Santa Ceia, encontraremos 13 pessoas e justamente a número 13 corresponde ao traidor, Judas.
No esoterismo e na cabala há muitos símbolos que servem tanto para o bem como para o mal. Outras seitas secretas adotam emblemas impressionantes como a chamada "câmara de reflexão", onde o galo significa: "sou eu quem desperta o dia"; a foice dá idéia da morte; a ampulheta significa "o tempo passa ainda mais depressa que a minha areia". A estrela flamejante é o símbolo do gênio e a de cinco pontas é o símbolo do ser humano.
A figa — mão fechada com o polegar aparente entre o indicador e o dedo médio, tem uma história mais complexa do que se imagina. Quando se vê uma figa ornando o bracinho dos bebês, suspensa na pulseira ou pendente do cordão de ouro das crianças, não se imagina sua origem.
Usa-se hoje como um amuleto inocente, destinado a desviar o mau olhado e a preservar as crianças do "olho grande".
O culto da figa, usado no seio de quase todos os lares como um poder benéfico para conjurar possíveis males é, entretanto, um vestígio do culto fálico. Perdeu-se a ligação originária, mas ficou a feição física que lhe trai a origem.
O comércio de figas está muito desenvolvido em todo o Brasil. As figas de guiné, arruda, azevinho e outras madeiras protegem o indivíduo e, particularmente, as crianças contra o mau olhado, feitiço, invejas e pragas de toda sorte.
"A ferradura pregada na porta principal, traz felicidade ao dono da casa" — dizem todos. Se for encontrada na estrada virada para nosso lado indica bons augúrios.
Como não há mentira sem um princípio de verdade, a ferradura foi, em outros tempos, motivo de felicidade.
Os nobres das cortes européias ferravam os seus cavalos com ferraduras de ouro. Naturalmente, quando gastas, as ferraduras se desprendiam dos cascos dos animais. Daí a alegria quando um pária encontrava na estrada uma ferradura de ouro. Os tempos mudaram, mas o povo continua acreditando na lenda. É esse misticismo que alenta a vida. É a fé, “removedora de montanhas", que fomenta o milagre. Milagre como esse de se encontrar um trevo de quatro folhas — o símbolo da felicidade.
Quantas moças, em vão não têm buscado nos campos, o trevo milagroso?!... É muito difícil encontrá-lo. Constitui mesmo um milagre... Daí a crença geral de que são felizes aqueles que o encontram.



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