Ocidentalização do Japão - Uma semeadura portuguesa
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O Japão é um país que convive com a modernidade e a tradição. Modernidade esta representada em especial pela crescente ocidentalização do país. Muitos entendem que o processo é recente, tendo se acelerado com o final da Segunda Guerra Mundial e a ocupação estadunidense no país. Porém, as sementes da ocidentalização do Japão remontam ao século XVI, época em que os portugueses e os jesuítas chegaram ao país. Através de um amplo relato, o pesquisador Kauê Antonioli explica como foram e em que circunstâncias ocorreram os contatos iniciais dos exploradores europeus com a Terra do Sol Nascente. Indo mais além, mostra como a Igreja Católica teve papel fundamental no processo, não só convertendo cidadãos japoneses, como também fomentando o pensamento filosófico e a busca pelo progresso científico. Com numerosos exemplos, o autor - declaradamente não-cristão - mostra um lado geralmente não reconhecido da Igreja, o de incentivadora da pesquisa, da ciência e do pensamento. Conceitos de humanismo, racionalismo e empirismo foram transmitidos a muitos japoneses pelos jesuítas, abrindo espaço para o pensamento científico. Com esse diferencial, a sociedade japonesa deu início a um processo que a diferenciou de outras culturas orientais. Com todo um contexto social e histórico detalhado, o relato ajuda a entender melhor como se iniciou um processo de ocidentalização que resultou no Japão atual, um país admirado por sua cultura e tecnologia.
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