O romance Memórias Póstumas de Brás Cubas foi publicado inicialmente em folhetim na Revista Brasileira, do Rio de Janeiro, em 1880. No ano posterior, foi publicado em formato de livro. É narrado em primeira pessoa por um morto que tenta refazer a história de sua vida, recordando os momentos marcantes da infância até a morte, não necessáriamente seguindo uma ordem linear, mas acompanhando o fluxo das lembranças. Entre outras coisas, recorda a paixão adolescente pela prostituta Marcela e o grande amor de sua vida: Virgília, esposa deLobo Neves.
Brás Cubas sempre almejou imortalidade, mas não obteve os meios para consegui0la em vida: não se casou, não teve filhos, não foi político, tampouco realizou grandes contribuições no campo ciêntifico, apesar de sua tentativa com o emplasto. Entretanto, conseguiu seu intento escrevendo uma obra póstuma.
No primeiro capítulo do livro, o narrador apresenta-se como um “defunto autor” e inicialmente reflete sobre a própria construção da narrativa, discutindo como deveria começá-la. Em seguida, relata sua morte e reconstrói o quadro de seu enterro, mostrando com sutileza e ironia os jogos de interesse e as atitudes dissimuladas dos individuos e desmascarando a hipocrisia da sociedade. Merece destaque a caracterização psicológica dos personagens, realizada com maestria pelo escritor Machado de Assis.
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