Pequena Lenda Paraguaia
(Lendas Paraguaias)
No Paraguai de velhos tempos, havia uma pequena aldeia de Guaranis; seu cacique tinha uma filha de rara beleza de nome Nimia. Todos a adoravam pela sua bondade e meiguice. Os rapazes queriam-na por esposa. Nimia, no entanto, já havia escolhido aquele que teria o seu amor. O tempo passou. O velho guerreiro queria dar-lhe um esposo forte, corajoso e respeitável; para isso os pretendentes deveriam se submeter a uma série de tarefas difíceis e perigosas.
Certo dia, volta das lutas aquele a quem Nimia secretamente jurara amor eterno. Não fugiu ele às tarefas impingidas por seu pai. Ficaram noivos e as núpcias seriam após sete luas. Começaram os preparativos. Mas uma guerra começou a deixar triste e enlutada aquela tribo. Gente do mundo civilizado invadiu a aldeia e levou todos os jovens fortes para engrossar fileiras na luta contra o inimigo, inclusive o jovem noivo que partiu prometendo à sua amada um breve retorno e se alguma coisa acontecesse ela ficaria sabendo.
Certo dia uma pomba negra pousou no ombro de Nimia. Dessa data em diante ninguém mais viu a moça. Conta-se que ela andou pela floresta acompanhando o vôo da pomba durante muito tempo, até que um dia viu o corpo do seu amado estendido no chão. Sofrendo dor profunda pediu aos deuses da floresta que lhe dessem pelo menos, a oportunidade de tecer a mortalha. Eles atenderam-na.
Ela imediatamente transformou-se numa horripilante aranha negra com veneno terrível e começou a tarefa.
Uma delicada teia foi cobrindo, envolvendo o corpo do moço valente, guerreiro destemido. Ao terminar o trabalho partiu em busca de vingança. Por isso, até hoje, os Guaranis e seus descendentes têm medo das aranhas negras que vagueiam pelas florestas. Seu veneno é terrível, assim como a vingança da sua ancestral: Nimia.
Resumos Relacionados
- Ubirajara
- Iracema
- A Lenda Do Urutau
- Iracema
- Inocência
|
|