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Maternagem (técnica psicanalítica)
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Técnica usada, principalmente na psicoterapia das psicoses, e particularmente na esquizofrenia e que procura estabelecer, entre o terapeuta e o paciente, de um modo ao mesmo tempo simbólico e real, uma relação análoga à que existiria entre uma "boa mãe" e seu filho.A técnica da maternagem baseia-se numa concepção etiológica da psicose, que a liga a frustrações precoces, essencialmente orais, sofridas pelo sujeito na sua primeira infância, por causa da mãe. Num sentido amplo, fala-se de maternagem para definir "o conjunto dos cuidados desenvolvidos, pelo terapeuta, num clima de ternura ativa, propiciatória (de oferenda de frutas, leite, balas, chocolates), atenta e constante, que caracteriza o sentimento maternal". Mas o termo, na maioria das vezes, qualifica unicamente a técnica terapêutica. A maternagem é, antes de mais nada, reparadora. Mas, se é verdade que procura proporcionar, ao paciente, satisfações reais do que foi frustrado na sua relação com a mãe ela é, ates de tudo, a compreensão das neessidades fundamentais. Como aponta Recaimer, convém reconhecer as necessidades subjacentes às defesas psicóticas, determinar as que se devem, de preferência, satisfazer ("necessidades de base"), e sobretudo, responder-lhes sem que seja pela interpretação analítica clássica. Acerca da natureza desta resposta, cada um dos autores que seguiram por este caminho, durante os últimos vinte anos, tem a sua concepção própria. Não é possível descrever aqui as diversas técnicas - e as diversas intuições - que se pode agrupar, sob o título geral de maternagem. Indiquemos apenas:1) Que não se trata de refabricar uma relação bebê-mãe em toda a sua realidade.2) Que a maternagem exige do terapeuta, como insistem todos os autores, mais do que uma atitude maternal: um verdadeiro compromisso de amor, empatia e respeito pela patologia do paciente: "A relação de maternagem nasce do encontro entre um paciente, profunda e vitalmente ávido a ser passivamente satisfeito e um terapeuta, ao mesmo tempo apto a compreendê-lo e desejoso de ir a ele, como uma mãe a um bebê abandonado. Por fim, uma teoria da maternagem deveria reservar um lugar para aquilo que, na ação psicoterapêutica, cabe respectivamente à satisfação real, ao dom simbólico e à interpretação.



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