Capitães na areia
(Jorge Amado)
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“Capitães
da Areia” trata da vida de crianças sem família que viviam num velho trapiche
abandonado no cais da praia. Capitães da Areia são um grupo de meninos de rua,
tendo como cenário as ruas e as areias das praias da Bahia.
Eram
um grupo de meninos, conhecidos por todos como “os Capitães da Areia”, ocupavam
os seus dias a tentar arranjar o que comer e o que vestir, tendo muitas vezes
que roubar para o conseguir, isso fazia com que se tornassem agressivos.
Meninos entre os nove anos e os dezasseis anos, dormiam no velho trapiche e
tinham como líder Pedro Bala, rapaz de quinze anos, loiro, com uma cicatriz no
rosto, generoso e valente. Nunca soube da sua mãe e o seu pai morreu com um
tiro durante uma greve. Há dez anos que andava pelas ruas da Bahia, conhecia
cada canto da cidade. Quando se incorporou aos Capitães da Areia o chefe era
Raimundo, o Caboclo, mulato avermelhado e forte, não durou muito na chefia,
Pedro Bala era muito mais activo.Um
dia, a epidemia varíola espalhou-se em Salvador, como os pobres não tinham
acesso à vacina, muitos morriam. Almiro foi o primeiro capitão a ser infectado
e morreu. Boa-Vida teve outra sorte e conseguiu escapar. Dora e o irmão
Zequinha perderam os pais durante a epidemia. Ao saberem que eram filhos de
pais com varíola, o povo fechou-lhes as portas, não tendo onde ficar, os dois
foram levados por João Grande e o professor para o trapiche. Foi causada
confusão pela presença de Dora no trapiche, mas Pedro contornou a situação e os
meninos aceitaram-na no grupo, depois de algum tempo onde se vestia como eles e
participava nos roubos. Pedro Bala estava apaixonado, o que sentia era
diferente dos encontros com as prostitutas.
Quando
roubavam um palacete de um ricaço na ladeira de São Bento, foram presos, mas a
maior parte do grupo conseguiu fugir graças à intervenção de Pedro Bala que
acabou por ser levado para o Reformatório.
Lá
sofreu muito, mas conseguiu fugir e preparou-se para libertar Dora, que estava
no Reformatório feminino, que foi o suficiente para acabar com a sua alegria e
ficar doente. Após renderem a irmã, Pedro Bala, Professor e Volta-Seca fugiram
e levaram Dora. Infelizmente, não resistiu e morreu na manhã seguinte. Dona aninha
embrulhou-a numa toalha de renda branca e Querido-de-Deus levou-a no seu
saveiro, mandou-a em alto mar. Pedro Bala, inconsolável e muito triste, chorou
com todos a ausência de Dora.
Alguns
anos se passaram e o destino de cada um do grupo foi tomando rumo. O Professor com o seu dom de pintar, foi para o Rio de
Janeiro tentar sucesso. Lá com os quadros dos Capitães da Areia ficou famoso. Pirulito,
que já não roubava mais, entrou para uma ordem religiosa. Sem-Pernas matou-se
antes de ser capturado pela polícia que odeia. Volta-Seca estava a fazer o que
sempre sonhou, aliou-se ao grupo do seu padrinho, Lampião, tornando-se um
terrível matador de polícias. Gato, torna-se vigarista e abandona a sua amante
dalva e vai para Ilhéus, Boa-Vida, tocava violão, pouco aparecia no trapiche. João
Grande tornou-se marinheiro.
Após
o auxílio na greve dos condutores, o grupo Capitães da Areia de Pedro Bala,
tornou-se uma "brigada de choque", intervia em comício, greves e em
lutas de classes. Assim como Pirulito, Bala tinha encontrado a sua vocação.
Passou a chefia do grupo para Barandão, seguiu para Aracaju, onde iria
organizar outra brigada.
Anos
depois, Pedro Bala cada vez mais fascinado com as histórias do seu pai
sindicalista, vai-se envolver com os doqueiros e finalmente os Capitães de
Areia ajudam numa greve. Pedro Bala abandona a liderança do grupo, mas antes
transforma-os numa espécie de grupo de choque. Assim Pedro Bala deixa de ser o
líder dos Capitães de Areia e torna-se um líder revolucionário comunista.
Anos
depois, Pedro Bala, conhecido organizador de greves e perigoso inimigo da ordem
estabelecida, é perseguido pela polícia de cinco estados.
No
ano em que todas as bocas foram impedidas de falar, no ano em que foi todo ele
uma noite de terror, esses jornais que circulavam nas fábricas, passados de mão
em mão, chamavam pela liberdade de Pedro Bala, líder de sua classe, que se
encontrava preso numa colónia.
No
dia em que fugiu, em inúmeros lares os rostos foram iluminados ao saber da notícia,
apesar de lá fora ser o terror, qualquer daqueles lares era um lar que se
abriria para Pedro Bala, fugitivo da polícia.
Porque
a revolução é uma pátria e uma família.
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