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Raul da Ferrugem Azul
(Ana Maria Machado)

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A
publicação dessa obra já foi um exemplo do vencer os obstáculos, da luta pela
não intimidação. Mesmo tendo sido rejeitada por oito editoras que “elogiavam a
história, mas ponderavam que era uma provocação à ditadura e podia trazer
sérias conseqüências para todos”, Ana Maria Machado não se deixou enferrujar e
o livro acabou recebendo o prêmio de “Melhor do Ano” (1980) da Fundação
Nacional do Livro Infanto-Juvenil.

Numa
linguagem simples, a autora mistura fantasia e realidade para nos ensinar que
não adianta pensarmos no que poderíamos ter feito. Temos, sim, que agir, para
vencermos os preconceitos e contribuirmos para as transformações pessoais e
sociais. Só assim, não ficaremos com as marcas da covardia em nosso espírito e
corpo.

Raul
ficou intrigado com as manchas azuis que lhe apareceram no pescoço, nas pernas,
na língua e na garganta. Percebeu, ainda, que só ele as enxergava. Sai, então,
em busca de ajuda e respostas para esse mistério. Descobre que, cada vez que
sentia dificuldade para reagir a algum problema do cotidiano, as ferrugens
azuis surgiam.

Mas
como é Raul? Um garoto que percebe, sente e pensa bastante sobre tudo que está
ocorrendo a sua volta e não consegue deixar de se indignar com alguns acontecimentos:
é menino mais velho que persegue menino mais novo, indefeso, na escola; é falta
de respeito dentro do ônibus; é falta de consideração com quem trabalha. Mas Raul
é um menino quieto, tímido até, que não tem muita coragem de intervir -
geralmente prefere uma saída mais tranquila ou prefere se calar.

"Mas
essas eram coisas que Raul só pensava e não tinha coragem de falar. Vontade,
bem que tinha. E raiva. Se tinha coisa que deixava ele furioso, essa era uma
delas. Isso de achar que a cor das pessoas faz alguém ser melhor ou pior do que
os outros. Isso de racismo, de qualquer tipo. Mas com toda raiva, não disse
nada. Medo que rissem dele. Hábito de não falar das coisas que iam dentro da
cabeça."

Angustiado, pede ajuda para Tita, a empregada mas, sem
contar o problema de fato; mesmo assim, ela o aconselha a se encontrar com o
Preto Velho que mora no bairro dela. Indo para lá, Raul se encontra com Estela
que lhe dá algumas dicas sobre a questão das ferrugens. Raul então, começa a
descobrir o porquê dessas manchas, e percebe uma semelhança de algumas atitudes
que ele toma e a aparição das tais ferrugens azuis.



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