Sexo: desejo ou vício? 
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Qual é a fronteira que separa o desejo sexual da dependência desesperada? Saiba como identificar esta perturbação. 	
 			
 		
 		
  
 		
 	
 		
 	
 
 		Um pouco à semelhança do que se passa com um toxicodependente, um 
 alcoólico ou um viciado em jogo, um dependente de sexo fica ansioso 
 quando não consegue ter relações sexuais e não consegue evitá-las mesmo 
 que queira.
 
 Em vez da  sensação de bem-estar que geralmente se sente depois uma 
 relação sexual normal, um viciado em sexo sente desespero, depressão e 
 vergonha.
 
 Problema difícil de definir
 O sexo compulsivo é algo difícil de definir com precisão, já que o 
 número de relações sexuais por semana nem sempre é um bom indicador, 
 pois varia não só de pessoa para pessoa, como de país para país e de 
 cultura para cultura.
 
 Assim, o melhor indicador é a mudança comportamental consequente
  do problema. O viciado deseja desesperadamente praticar sexo, fica fora
  de controlo, e insiste em praticá-lo ainda que essa atitude lhe traga 
 as piores consequências como a perda do emprego, a ruptura do casamento 
 ou até a perda de liberdade.
 
 No entanto, e de acordo com especialistas, o vício do sexo tende a 
 desenvolver-se em três fases progressivas. Primeiro, começa com uma 
 masturbação obsessiva, sexo por telefone e fantasias sexuais constantes.
 
 Na segunda fase, o viciado é capaz de fazer chamadas obscenas para 
 pessoas desconhecidas,  de aumentar as atitudes de voyeurismo, 
 exibicionismo e assédio sexual no trabalho.
 
 Na última fase pode até chegar ao sexo com menores, a  relações sexuais 
 com adultos sob efeito de drogas e, por último, com deficientes e 
 doentes incapacitados.
 
 O perfil
 Segundo vários sexólogos e profissionais de saúde mental os viciados em sexo são pessoas que:
 
 -  envergonham-se das suas actividades sexuais;  
 
 - descrevem uma sensação de euforia quando estão em plena actividade sexual;
 
 - querem ter sexo de qualquer sem se  importarem com o momento ou com o lugar;
 
 - têm uma incrível vida dupla;
 
 - concentram-se nas suas actividades sexuais para escapar, negar ou ignorar sentimentos negativos;
 
 - põem em perigo a sua própria saúde ou segurança, já que não tomam precauções quando praticam sexo.
 
 Geralmente, os viciados em sexo  sofreram abusos físicos, sexuais ou 
 emocionais durante a infância. Aliás, alguns psicólogos defendem mesmo 
 que esta perturbação surge a partir de um problema familiar - um abuso 
 sexual, pais ou familiares alcoólicos ou de uma família rígida com pouco
  suporte emocional e onde o sexo sempre foi tabu.
 
 Este vício impulsiona os seus dependentes a violar os valores éticos, os
  seus princípios ou juramentos profissionais (médicos, advogados, 
 religiosos). Também sofrem alterações de humor frequentes, passando 
 bruscamente da euforia à depressão.
 
 Terapia ajuda
 Psicoterapia, tratamentos e grupos de auto-ajuda são algumas das 
 soluções disponíveis para tratar o problema. O objectivo é levar o 
 doente a partilhar os seus segredos com outras pessoas que também 
 apresentem esta perturbação. Não se trata de uma cura, mas sim de uma 
 mudança de atitude, sendo que os resultados não são imediatos e para 
 estes casos a terapia prevê a abstinência de relações sexuais durante 
 pelo menos 90 dias. 
 
  
 
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