Será o amor mais poderoso que o sexo?
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Estudo norte-americano revela que sexo e romance activam diferentes partes do cérebro. Mas é o amor que mais nos "aconchega".
Embora sexo e romance pareçam estar directamente ligados, em termos de
actividade, o nosso cérebro faz uma clara distinção entre os dois. De
acordo com um estudo divulgado recentemente, uma das principais
conclusões é que o amor bate o desejo sexual.
Exames neurológicos demonstram o que há muito se tentava perceber: que o
amor e o desejo sexual são dois esforços emocionais diferentes e que o
amor é mais “aconchegante” que o sexo.
O estudo, desenvolvido por um grupo de cientistas da Universidade de Nova Iorque Stony Brook,
revelou que as partes do cérebro activadas, quando alguém olha para a
foto da sua cara-metade, sobrepõem-se às associadas ao desejo sexual. O
que significa que o amor e o sexo activam diferentes sistemas cerebrais.
Hemisfério esquerdo e direito
Embora pequeno, o estudo abrangeu 17 homens e mulheres, todos
recentemente envolvidos numa relação amorosa. Foi-lhes pedido que
respondessem a um questionário enquanto os seus cérebros estavam ligados
a um sistema de ressonância magnética (MRA).
De acordo com a leitura dos resultados, o romance activa a parte do
cérebro rica em dopamina, o neurotransmissor responsável pelas emoções.
Ao contrário do que os investigadores esperavam encontrar, as partes
associadas ao amor estão localizadas, maioritariamente, no lado direito
do cérebro, enquanto a região activada pela libido está, sobretudo, do
lado esquerdo.
O estudo revelou ainda que à medida que o amor amadurece, o cérebro
também. Os cientistas observaram em muitos casos que várias áreas do
cérebro fortaleceram a sua actividade, acompanhando a evolução
romântica.
O amor vence
O processamento neurológico de sentimentos amorosos envolve a
constelação de sistemas cerebrais. Os cientistas declaram que o amor é
um claro vencedor, quando comparado ao desejo sexual, já que o amor é
uma das experiências humanas mais poderosas e, por isso, claramente mais
arrebatadora que o sexo.
O estudo sugere ainda que o romance pode não ser um traço único do
homem. Os resultados indicam que todos os mamíferos sentem-se atraídos
por um determinado parceiro e que são estimulados por alguns dos mesmos
sistemas cerebrais utilizados pelo Homem.
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