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O Período da Ditadura
Militar no Brasil

Em 1964 os militares tomam o poder com a desculpa de
proteger o país de uma possível revolução comunista. Passam a governar através
de atos institucionais. Num total de 17, mais duro deles foi o Ato
Institucional de número 5 (AI-5), que deu vários poderes ao executivo
(presidente) reduzindo a liberdade dos cidadãos e limitando a democracia. Entre
esses poderes estavam de cassar mandados e direitos políticos de qualquer
cidadão. Nessa época foi criado o crime de desacato a autoridade.

AI-5

Representou o ápice da radicalização do Regime Militar de 1964 e
inaugurou o período do regime onde as liberdades individuais foram mais
restringidas e desrespeitadas no Brasil. É o movimento final de
"legalização" da arbitrariedade que pavimentou uma escalada de
torturas e assassinatos contra opositores reais e imaginários ao regime

DOI - Codi

Foi o mecanismo de
repreensão mais violento do período militar. Prendiam, torturavam e
exterminavam os opositores do governo. Qualquer pessoa que fosse suspeita era
punida.

Mesmo com o risco de perder a vida, muitos cantores e
opositores do governo utilizavam se da musica e do protesto para demostrar sua
indignação com o governo. Como eram censurados, os meios de comunicação em
massa podiam publicar apenas o que o governo queria. Isso impedia que o povo
soubesse da verdade. Porem muitos jornais publicavam artigos e receitas sem
noção, a fim de revelar o verdadeiro estado do Brasil para os mais atentos.
Também os músicos e poetas buscavam em suas composições alertar os mais
atentos. Suas musicas passavam por censores, que decidiam se divulgavam ou não.

Para burlar os censores, os artistas utilizavam-se de
metáforas e textos com sentidos ambíguos. Quando percebiam o real significado
da musicas autorizadas já era tarde. Com isso a censura foi intensificada,
muitos foram exilados.

Mais de 400 pessoas foram mortas durante o período da
ditadura.

Um exemplo de musica protesto e “O Bêbado e a Equilibrista”:

"Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos...

(O viaduto da
gameleira em BH, obra do governo que desabou em cima de carros e ônibus matando
muita gente porém, nada foi noticiado pela Globo. O bêbado representava os
artistas em geral que eram contra o regime militar e ousavam levantar sua voz
contra a ditadura)

A lua
Tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel

(a lua faz alusão ao
símbolo arredondado da Globo que se colocou a favor do regime. As estrelas são
os generais da época donos do poder. O brilho de aluguel eram as vantagens que
a Globo e outros grupos tirava da ditadura)

E nuvens

Lá no mata-borrão do céu

Chupavam manchas torturadas
Que sufoco!
Louco!
(As nuvens são uma metáfora aos torturadores, pois
eram intocáveis e inalcançáveis. o mata-borrão do céu era o DOI-CODI. Os
rebeldes eram as manchas, um erro na escrita que deveriam ser
"apagados" e o sufoco louco eram claramente as torturas sofridas e
mesmo assim alguns artistas não se calaram e faziam as irreverências assim como
essa música)

O bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil
Prá noite do Brasil.
Meu Brasil!...

(uma metáfora
bastante utilizada por artistas da época era comparar a ditadura com noite
enquanto a volta das liberdades políticas era comparada ao amanhecer)

Que sonha com a volta
Do irmão do Henfil. (O sociólogo Betinho conhecido no
mundo pela "ação cidadania" estava fugido do brasil devido a
ditadura, ele é irmão do cartunista Henfil)
Com tanta gente que partiu (referência aos
exilados)
Num rabo de foguete
Chora!
A nossa Pátria
Mãe gentil
Choram Marias
E Clarisses
No solo do Brasil...

(Maria é a esposa do
operário Manuel Fiel Filho, morto sob tortura nos porões do DOI-CODI (SP) em
janeiro de 1976 e Clarice era esposa do jornalista Wladimir Herzog também morto
pelo DOI-CODI em outubro de 1975)

Mas sei, que uma dor
Assim pungente
Não há de ser inutilmente (nenhum sofrimento
será esquecido, nada vais sair de graça um dia haverá justiça)
A esperança...

Dança na corda bamba
De sombrinha
E em cada passo
Dessa linha
Pode se machucar... (os artistas se arriscando a serem
torturados e mortos por um ideal de liberdade política e democracia)

Asas!
A esperança equilibrista (esperança de
democracia que luta para não cair diante da opressão, ou seja o bêbado e a
equilibrista são os artistas e a esperança da mudança)
Sabe que o show
De todo artista
Tem que continuar..." (mesmo com todos
esforços para calar a verdade é preciso lutar contra os opressores)

A ditadura termina em 8 de maio de 1985, quando o congresso nacional aprovou emenda constitucional que acabava com os últimos vestígios da ditadura.



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