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O Preço do Amanhã
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Sinopse. Ficção científica. Num futuro próximo, modificações
genéticas fizeram com que o ser humano parasse de envelhecer aos 25 anos. Após
esta idade, no entanto, o indivíduo tem apenas mais um ano de vida, a menos que
pague (ou herde, ou roube) por cada período a mais de prorrogação. Sucessor do
dinheiro, o tempo de vida é marcado através de um cronômetro digital que, implantado
no braço, serve como extrato indicando a pobreza ou a riqueza de cada um, já
que é com minutos, horas, dias e até anos que bens e serviços são adquiridos. Empregado
numa fábrica, Will Salas recebe, numa noite, um crédito de mais de cem anos de
um certo Henry Hamilton, homem cuja vida acabara de salvar. Se torna, por isto,
vítima da perseguição tanto dos Minute
Men, espécie de vigilantes do gueto em que vive, interessados em
comercializar tal fortuna, quanto dos Guardiães
do Tempo, a polícia especial que o considera um ladrão e assassino, já que Henry
Hamilton foi encontrado morto.



Comentário. Há uma curiosa observação em O
Preço do Amanhã
(In Time, EUA, 2011) a respeito desta
relação entre o homem e o tempo. Diante de todas as oportunidades que nos são
oferecidas, uma vida apenas talvez não baste para dar conta de todas as
informações e todos os prazeres que temos pela frente. No entanto, ao tornar-se
o homem praticamente imortal, a ousadia, a curiosidade e o impulso de buscar o
novo parecem perder toda a importância. Não se morre mais de velhice, mas ainda
se morre assassinado, daí os ricos viverem cada vez mais rodeados de seguranças
e fechados em suas mansões. “Não assusta saber que nunca poderá fazer nada
insensato?”, pergunta o protagonista Will Salas à filha do milionário a quem
acabara de convidar para um banho de mar à noite. O excesso (de riqueza, de
tempo) traz o conformismo, diz o filme. Já a necessidade leva o indivíduo à
busca.



O contraste social entre pobres
(que literalmente tem de viver um dia após o outro) e ricos (que se limitam a
desfrutar algo próximo de nada, já que nada fazem) chega ao extremo no fato de
que, nesta nova ordem, torna-se imperioso que os pobres morram. Sem óbitos, não
há espaço nem recursos no mundo para todos. Por isso o custo de vida aumenta
quase que diariamente. E por isso é tão frequente encontrar, nos guetos,
cadáveres pelo chão, porque não conseguiram comprar mais tempo para viver.



Aos 105 anos, Henry Hamilton
enxergou esta realidade e, diante da incapacidade de transformá-la, preferiu o
suicídio. Will Salas, aos 28, após confrontar os ricos, optou por reagir. O
tema é atraente, provocador e original, principalmente quando se vê nos
créditos o nome do diretor-autor Andrew Niccol, que já havia dirigido o belo Gattaca – Experiência Genética (que
também trata de manipulação genética da sociedade num futuro próximo, e que
parece ser citado na cena do banho de mar à noite), e em cuja obra o foco é
sempre a crítica social (são dele ainda Simone,
com Al Pacino, e O Senhor das Armas,
com Nicholas Cage, além do roteiro de O
Show de Truman). Aqui, no entanto, a boa ideia não resistiu à necessidade
de faturamento da produção e, ingenuamente ou sob pressão do estúdio, Niccol
preencheu com perseguições e romance a parcela do filme dedicada ao grande
público.



É visível e lamentável o quanto
tal opção não deu certo. Tanto às perseguições como ao romance (entre Salas e
Sylvia, filha de um milionário responsável pela industrialização do tempo)
falta aquele ingrediente capaz de entusiasmar o espectador. Não há emoção ou criatividade
nas sequências, falta química entre os protagonistas Justin Timberlake e Amanda
Seyfreid, e falta uma história, além de personalidade, para que o policial que
os persegue se torne interessante como pretendia o diretor. Sobre o elenco,
Niccol teria revelado em entrevista a dificuldade que teve para encontrar
atores suficientemente expressivos que aparentassem velhos escondidos atrás de
um rosto de 25 anos. Dificuldade não superada, pelo visto, pois personagens
importantes para a trama, como Henry Hamilton e o líder dos Minute Men, não encontraram
caracterizações à altura. Destaque para dois atores vindos da TV, Olivia Wilde
(de House) e para Johnny Galecki (de The Big Bang Theory), respectivamente
mãe e amigo de Salas. E para o breve momento de ironia do milionário que, ao
apresentar Sylvia a Salas, acrescenta: “Está pensando se é minha esposa, filha
ou mãe?”



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