Resumo de Into the wild -

“Into the Wild” é um filme que retrata uma história verídica de um rapaz que decidiu abandonar tudo o que tinha para se aventurar na natureza. Ao longo do seu percurso, Christopher McCandless encontra algumas personagens que dão forma e sentido à sua vida. Um caso bastante parecido com o de Christopher pode ser encontrado no livro “Walden”, relatado por Henry David Thoreau, onde o próprio viveu alguns anos numa cabana que ele construiu na mata perto do lago Walden. Ao longo da sua obra Henry David aborda vários temas da sociedade que abandonou, temas como riqueza, dinheiro, estudos académicos, a natureza e a espiritualidade.
Este comportamento de ir viver na natureza em vez de continuar na sociedade dá-se o nome de transcendentalismo. Começou por ser uma forma de protesto ao estado geral da cultura e da sociedade, bem como à doutrina da Igreja.
No caso de Christopher, após ter vivido uma infância bastante difícil, devido aos seus pais não estarem casados e passarem o tempo todo a discutir, ele conteve um certo ódio a eles. Os bens que possuía eram desnecessários e por isso decidiu abandonar tudo e seguir um caminho de solidão. Esse caminho foi longo e cheio de experiências positivas e negativas. Ao longo da sua viagem conheceu algumas pessoas que o ajudaram não só a nível físico para continuar a sua viagem mas também a nível psicológico, pois a sua personalidade não se desenvolve no negativismo da sua infância e da solidão da sua viagem.
Já Henry David, decidiu abandonar a sociedade não para viver de uma forma eremita para que pudesse estudar a sociedade de uma forma mais objectiva.
Recebeu algumas visitas, o que fez com que a sua personalidade se continuasse a desenvolver positivamente. Recebe a visita de um lenhador jovem que é idealizado como o “homem ideal” e que o ajuda na sua viagem para a liberdade no Canadá. Por um lado as visitas que lhe eram feitas o ajudaram a desenvolver a sua personalidade positivamente, já a solidão que passava na mata ajudava a desenvolver o contrário.
O objectivo de Henry David Thoreau e de Christopher McCandless era enfatizar a importância da solidão, a contemplação e proximidade com a natureza em transcender o "desesperado". Ambos queriam também fazer uma crítica à sociedade em que viviam, pois era uma sociedade consumista, materialista, que não se importavam com a destruição da natureza.
O filme “Into the Wild” não mostra o lado místico e esotérico de McCandless, mostra apenas o seu lado extremamente simpático, espontâneo, onde apenas se vê a sua tristeza interior.
McCandless não é bem tratado pela rude e impiedosa natureza que tanto amou, e onde procurou uma solução para o seu vazio.
A música “Society” de Eddie Vedder caracteriza perfeitamente o que McCandless sente em relação há sociedade “Society, have mercy on me/Hope you're not angry if I disagree.../ Society, crazy indeed/Hope you're not lonely without me...”
Na cena em que Chris se encontra na comunidade é possível observar a atracção que o une a uma das raparigas dessa comunidade. Ele sente o desejo de afiliação, ou seja, aproxima-se dos outros para seu próprio proveito. O facto de a rapariga ter uma certa beleza tambem é um dos principais factores de atracção. Ele sentia-se atraído por ela porque o sentimento era mútuo tal como a similaridade que existia entre eles.
Chris sente-se frustrado perante a sociedade pois não consegue atingir os seus objectivos de liberdade, sentindo-se preso.
sentimento manifesta-se por uma forma de agressividade inibida, isto é, a indiferença e o silêncio escondem tempestades psicológicas violentas, tal como acontece com ele no tempo em que anda na faculdade.
A discriminação social leva a formas de comportamento em que as pessoas se desmarcam de um grupo ou do meio social envolvente. Este aspecto, na minha opinião, é a base de toda a história, pois Chris discrimina-se a si próprio perante a sociedade por não conseguir viver em comunidade.

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