Entre saques e chamas, um tesouro sobrevive
(Rodrigo Cunha)
Muito se discutem sobre o futuro da informação veiculada nos livros, revistas e jornais tendo como suporte o papel. A era da informática chegou atropelando essa realidade, buscando espaço e apontando para soluções compactas, práticas, econômicas e outras mais, enquanto o papel se deteriora, está sujeito a intempéries e ocupa espaço, muito espaço.
É com muita apreensão e nostalgia que visualizamos o futuro de nossas bibliotecas! Quem não se adequa vira peça de museu...
Ao longo do tempo vimos a luta pela preservação de acervos importantíssimos, remanescentes de catástrofes naturais ou provocados, verdadeiros tesouros históricos, sob a tutela de profissionais da informação, hoje ainda denominados bibliotecários, que tratam dos acervos históricos, preciosas obras raras, verdadeiras relíquias,infelizmente longe do acesso ao público.
Uma das mais antigas e importantes instituições, a Biblioteca Apostólica Vaticana, remonta ao século VIII, hoje grande parte desse acervo se encontra digitalizado e acessível pela internet. Muitas são obras manuscritas em latim, grego e hebraico, que conseguiram romper com todas as barreiras e chegar aos dias atuais estão ao alcance de qualquer internauta em qualquer parte do mundo!
Outras grandes e não menos importantes bibliotecas espalhadas pelo antigo continente guardam em seus acervos obras importantíssimas que relatam um passado tão curioso quanto obscuro e sinistro da história. Falamos da Torre do Tombo em Portugal cujo arquivo guarda documentos da administração do governo com as colônias e as relações com outros países. Com a evolução da historiografia e a preocupação em fundamentar os relatos, foi concedida a algumas personalidades a autorização para consulta de documentos históricos. Essa biblioteca como a Vaticana, guarda documentos sangrentos do Tribunal da Inquisição em que Portugal foi um dos palcos proeminentes de toda Europa na Idade Média.
Do mesmo modo outras bibliotecas não menos valiosas e importantes em termos de antiguidade e abrangência cultural e histórica fazem parte desse contexto preservando obras de incalculável valor.
Falar de bibliotecas que guardam acervos centenários e preservam a memória de um passado glorioso ou não,nos levam a refletir sobre o futuro que queremos para os nossos atuais registros. Os avanços tecnológicos terão meios de suplantar o nosso tradicional papel impresso em termos de preservação?
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