Relações Internacionais
(Williams da Silva Gonçalves)
Incentivos financeiros, apoio à produção científica e a vontade de
manter o poder que detinham diante de um mundo em mudança, explicariam o
pioneirismo britânico e estadunidense na produção acadêmica no campo das
Relações Internacionais, esta primazia causou efeitos acadêmicos e políticos
importantes como a idéia de acúmulo de poder e da luta pela preservação da
posição hegemônica, que caracterizam o que esses Estados determinavam ser
relevante, de acordo com seus interesses, direcionando, desta forma, suas
correntes teóricas, cujas definições são abordadas ao longo do texto.
O fato de que as Relações Internacionais dizem respeito a um conjunto de
interações entre diversos atores é observado nos conceitos dos autores citados.
A partir daí, expõe-se dois conceitos correlatos, o de Política Internacional e
o de Política Externa, a primeira, na maioria das vezes se dirige à analise de
sistemas políticos estrangeiros, ou mesmo, segundo os realistas, está
caracterizada pelos interesses de cada Estado que regem as interações entre
eles, já a segunda abrange, de forma unilateral, o comportamento de cada país
para com um ou mais atores.
As definições de relações internacionais, mesmo com as constantes
mudanças no sistema e com o surgimento de novos atores, podem ser sintetizadas
em dois grupos, sendo que o primeiro abrange, amplamente, desde fenômenos
conflituosos a elementos de cooperação, já o segundo, se concentra basicamente
nos conflitos de interesses entre Estados. Tais grupos convergem na idéia de
anarquia, pois, devido à ausência de uma autoridade central capaz de legislar e
fazer valer tais leis, a forma com que os Estados se relacionam passa a ser fundamental
para o entendimento da realidade internacional.
Já como disciplina, as Relações Internacionais, originadas após a
Primeira Guerra Mundial, tem objetivado o desenvolvimento de uma analise confiável
da realidade, gerando uma disputa intelectual, o que contribui para uma
fragmentação da disciplina.
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