Grande Sertão: Veredas
(João Guimarães Rosa)
Grande Sertão: VeredasJoão Guimarães RosaGrande Sertão: Veredas foi escrito em 1956 e fala sobre o pecado, do drama de Riboaldo, morador da margem do rio São Francisco.O livro é ambientado no sertão brasileiro.“Todo o mundo é louco. O senhor, eu, nós, as pessoas todas. Por isso é que se carece principalmente de religião: para se desindoidecer, desdoidar. Resa é que sara loucura (...)”.O trecho acima é uma descrição da purificação proposta por riboaldo.“(...) a gente se acusa de pecador, lê alto a Bíblia, e ora cantando os hinos belos deles (...)” O autor insere o protestantismo nas referencias do jagunço Riboaldo; funcionando a Igreja Metodista como uma agência de acusação do pecado de Riboaldo.Riboaldo, Urutu Branco, ex-jagunço do sertão, conta suas andanças com seu bando pelo sertão, suas lutas, mortes, traições, fé, dúvidas e paixões a um senhor letrado, vivendo o drama de fazer ou não um pacto com o diabo para tornar-se mais forte e corajoso.Feito o pacto, Riboaldo ficou mais forte e corajoso, porém, no último combate, antes de abandonar o cangaço, Riboaldo perde Diadorim, seu grande amigo, seu grande amor."Mas eu gostava dele, dia mais dia, mais gostava. Digo o senhor: como um feitiço? Isso. Feito coisa-feita. Era ele estar perto de mim, e nada me faltava. Era ele fechar a cara e estar tristonho, e eu perdia meu sossego".E ao lançar mai das explicações religiosas, o protestantismo o acusa de pecador.O Grande Sertão: Veredas é um retrato do Brasil. E como conviver no sertão desse mundo? Só se defendendo com a religião, com Deus e o diabo, acusando o pecado e o pecador. Essa é a resposta do livro.Após a morte de Diadorim Riboaldo desiste da vida de jagunço e casa-se com Otacília.
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