Os instigantes códigos de Da Vinci
(Dan Brown)
Quem não gosta de um típico bafafá, que atire a primeira pedra. Especialmente se a história desafia o credo de uma sociedade essencialmente cristão - e foi aí que me deixei seduzir ainda mais, visto que há uma profunda divergência entre mim e o cristianismo.Heresias à parte, o livro é recheado de instigantes enigmas que Jacques Saunière deixou espalhados antes de seu assassinato, no ilustre museu parisiense, o Louvre. Sophie, criptóloga e neta do falecido, em parceria com o respeitado simbologista Robert Langdon, buscam desvendar as pistas deixadas por Saunière. Os enigmas levariam não somente à misteriosa morte da família de Sophie (que fora findada quando ela ainda era criança), mas também levariam a um segredo que derrubaria as pilastras de toda a história da humanidade: a verdade sobre o Santo Graal, protegida por uma seita durante gerações. Era a verdade que colocaria em xeque as histórias de Jesus e Maria Madalena, que nos foram contadas sempre da mesma forma.O enredo é tão envolvente, que me peguei confusa entre o que era historicidade ou veracidade. Só que, quanto a isso, é outra polêmica que inquieta quem se esquece do detalhe de que O Código da Vinci é apenas um romance policial. Quanto à veracidade, isto é, as referências feitas sobre obras e celebridades intelectuais, é um prato cheio para leigos como eu. Admito que minha bagagem cultural é escassa - quadro este que procuro reverter constantemente - e me deixei surpreender pelas referências a Newton e Botticelli, por exemplo.Já à respeito da historicidade, que deleite de narrativa! Dan Brown soube teletransportar o leitor com maestria à Cidade Luz, sempre surpreendo com um novo e brilhante enigma a ser resolvido por Sophie e Langdon. A sagacidade e perspicácia de ambos os personagens, embora um tanto forçadas em alguns momentos, fascinam qualquer um. O final, contudo, foi um pouco atropelado. Não sei se era minha ânsia de revelar de uma vez os enigmas ou se a narrativa realmente foi articulada com pressa, mas o fato é que terminar o livro foi tão impactante quanto levar um tiro no peito.
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