Os Muppets - Crítica
(Carina Toledo)
Direção:
James Bobin
Roteiro:
Jason Sege, Nichollas Stoller
Elenco:
Jason Segel, Amy Adams, Chris Cooper, Rashida Jones, Steve Whitmire, Eric
Jacobson, Dave Goelz, Bill Barretta, David Rudman.
Os
Muppets transcende o rótulo de “infantil” e mostra-se um filme com potencial
para agradar a jovens de todas as idades.
Os
famosos personagens de feltro criados por Jim Henson nos anos 1950 foram
atualizados com muita inteligência pelos roteiristas, modernizando, mas sem
deixar de fora elementos tradicionais. A jornada dos Muppets na trama é análoga
à trajetória da vida real, em que um fã tenta trazer os personagens de volta ao
estrelato (no filme, o garoto de feltro e espuma Walter; na realidade, Jason
Segel, que procurou a Disney para desenvolver o projeto). Assim, é estabelecida uma dinâmica constante
de quebra da quarta parede e metalinguagem, que rendem ótimas piadas. Por
exemplo, se você acha que cenas musicais são bregas e absurdas, os Muppets
concordam e tiram sarro de si mesmos a cada número.
Tudo
começa quando Walter vai a Los Angeles, ansioso por realizar seu sonho:
conhecer os estúdios e o teatro dos Muppets. Para sua grande decepção, além de
encontrar o local abandonado, Walter acaba ouvindo o plano secreto de Tex
Richman (Chris Cooper), executivo que planeja destruir o teatro para extrair o
petróleo que há sob o solo. Começa assim a grande aventura de Walter, seu irmão
Gary (Segel) e Mary (Amy Adams) para reunir a trupe de fantoches.
O
sapo Kermit (ex-Caco) é mostrado pela primeira vez no filme como uma figura
solitária e reclusa, reticente em encarar seus erros do passado e distante de
todos os seus amigos. Mas uma rápida cena musical, em que pinturas de Fozzie,
Animal, Gonzo, Rowlf e Miss Piggy ganham vida, convence o sapo de que tudo
aquilo era especial demais para ser deixado para trás. São mostrados então os
paradeiros atuais de cada Muppet: o urso Fozzie se tornou o vocalista da banda
cópia The Moopets; Gonzo é um grande executivo dos esgotos e encanamentos;
Animal está fazendo tratamento de controle de raiva; e Miss Piggy agora é editora
da Vogue Paris - com direito à secretária arrogante de O Diabo Veste Prada, em
uma ponta de Emily Blunt.
Como
qualquer filme para crianças, há mensagens edificantes, transmitidas por Kermit
em seus discursos motivacionais para a trupe, ensinando que mesmo quando tudo
parece que vai dar errado, há uma saída e esperança. É uma pena que o roteiro
fique mais concentrado em Kermit, Miss Piggy, Walter e os dois personagens
humanos, deixando os outros Muppets subaproveitados. As várias pontas de
celebridades também poderiam ser melhor trabalhadas. Ainda assim, Os Muppets é
um filme divertido, de roteiro simples e muito bem-executado.
É
ótimo ver os Muppets voltando com tudo e com tantas auto-referências e sátiras
ao mercado do entretenimento.
Resumos Relacionados
- Filme - Número 23
- I Love, Man (eu Te Amo, Cara)
- Bad Teacher
- Capitão América - O Primeiro Vingador (crítica)
- Madagascar 3 - Os Procurados
|
|