O amor é o caminho: maneiras de cuidar
(Maria Julia Paes da Silva)
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O amor é o caminho é um livro que relata fatos
reais vivenciados tanto em hospitais como em sala de aula pela autora Maria
Julia Paes. Tem o objetivo de propor uma reflexão a cerca da humanização dos
hospitais. Através de suas experiências, a autora oferece um olhar diferenciado
para o cuidado em suas diversas dimensões.
É uma obra linda, feita de amor, rodeada de
cuidados. A autora consegue traduzir vários sentidos á palavra cuidar. É cuidar
de amar, é cuidar de proteger é cuidar de aprender. Perpassa que não só os
hospitais seriam mais humanos, como as próprias pessoas se tornariam mais
humanas.
Sendo que, a idéia central do texto é humanizar
os hospitais, onde a autora traz que o verbo cuidar deve transcender seu
cuidado etimológico e representar muito mais do que, simplesmente, tocar ou fazer
um curativo, no que tange às questões hospitalares. Cuidar é na verdade,
espargir amor, esbanjar carinho e felicidade a quem precisa. Mostra que a
realidade dos hospitais poderia ser melhor e mais acolhedora.
Alguns espaços hospitalares para funcionar
melhor não dependem de mais verba, e sim de mais consciência. Só que quem movimenta
esses espaços, precisa remodelar seus conceitos e ver que a relação
profissional-paciente, não é satisfatório apenas na realização de técnicas,
procedimentos, cirurgias e administração de drogas. Não é apenas o título de
especialista, doutor, mestre, técnico. É a atenção, o carinho, um sorriso
amistoso e solidário. A tarefa de cuidar é um dever humano e, não um dever
exclusivo de uma classe profissional. Todos cuidam.
Isso está insistido na condição humana,
presente nos constantes cuidados pessoais, sociais e ambientais. Os métodos
tradicionais de cuidado, o que se aprende nas academias médicas, de enfermagem,
as técnicas e toda a ciência que se tem conhecimento têm todo o seu valor. O
ser humano está vivendo mais, envelhecendo melhor, porém o que é enfatizado no
livro é que o amor seja colocado em prática no que se faz e em como se faz.
Se um enfermeiro, no momento da administração
da medicação, ou de por sonda vesical, pudesse ouvir o que o paciente está
pensando sobre o seu tratamento. Apenas cinco minutos de escuta, faz uma
diferença tão grande no coração e na alma desse paciente. É mágico, quando
alguém se dispõe a ouvir mais que falar. Sorrir, chamar o paciente pelo nome
cumprimentá-lo, perguntar como ele está se sentido.
É um
privilégio tão grande poder ajudar uma pessoa que esteja precisando, ser a
bengala de alguém que necessita de apoio, que é ilusório achar que não devemos
e não precisamos nos prepara diariamente para isso. Cuidar da vida é um grande
privilégio. É uma missão divina, lidar com isso. Os profissionais da saúde são
escolhidos para realizar a prestação do cuidado e a praticar o amor aos que
precisam.
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