Resumo de Missão: Impossível - Protocolo Fantasma -

Sinopse. Aventura de espionagem, 4º filme da série. Após ser
libertado de uma prisão em Budapeste, o agente secreto Ethan Hunt junta-se a
uma nova equipe, formada pela agente Jane Carter e Benji, especialista em
computadores, para reaver um arquivo contendo códigos de lançamentos de mísseis
nucleares russos, que estaria para ser entregue pela assassina profissional
Sabine Moreau ao terrorista conhecido como Cobalto. Quando uma explosão destrói
todo o Palácio do Kremlin, os EUA são considerados suspeitos e o governo
americano dá início ao “Protocolo Fantasma”, que desativa a agência
governamental para a qual Ethan trabalha, tirando-lhe todo suporte. Tendo agora
de agir por conta própria, a equipe, que recebe o reforço do analista William
Brandt, segue para a Índia, a fim de interceptar a entrega dos arquivos.

Comentário. Muita gente quis ver este Missão: Impossível – Protocolo Fantasma (Mission: Impossible – Ghost Protocol, EUA, 2011) apenas para
conferir a sequência (amplamente divulgada na Internet) em que Tom Cruise faz
malabarismos do lado de fora da torre Burj Khalifa, o prédio mais alto do
mundo, em Dubai. Os
filmes anteriores não tiveram o charme e a inventividade do primeiro (assinado
por Brian De Palma), sugerindo que a série poderia parar por ali que estava
bom.

No entanto, quem viu Missão: Impossível II pôde testemunhar
que o protagonista e produtor Tom Cruise, além de não ter medo de altura, gosta
de brincar com o perigo. As sequências iniciais, em que ele escalava uma
montanha sem nenhum equipamento e, principalmente, sem dublês (havia uma rede
de proteção, eliminada com efeitos especiais), eram de tirar o fôlego. É
verdade que, fora isso, não sobrava nada no filme, e, no seguinte, não havia
nem isso. Pois, injetando fôlego na franquia que parecia perto do fim, Cruise,
em parceria com J. J. Abrams (o diretor do filme anterior, que agora limitou-se
à produção), realizou um filme eletrizante e divertido, que não deixa nada a
dever ao original.

Como nos filmes de 007, a trama importa pouco.
Uma ameaça nuclear é a desculpa para viagens a locais exuberantes, ações
intrincadas, suspense, tiroteios, perseguições por corredores, estradas e até
dentro de uma tempestade de areia. Elemento essencial para o gênero e que aqui
faz boa presença é o aparato tecnológico: vê-se lentes de contato que
identificam suspeitos, fotografam documentos e ainda mandam a imagem
fotografada para a impressora; um simples balão de encher guiado por controle
remoto contendo uma câmera de vídeo; e muitos aparelhinhos com mil e uma utilidades.

Deixando de lado a tentativa de
impor maior seriedade à história (no filme anterior, havia vários elementos pseudodramáticos
que nada acrescentavam à série), o roteiro felizmente cedeu espaço bem maior ao
humor. Tanto nos momentos de ação (a luta final entre Ethan e Cobalto, na
fábrica de automóveis, por exemplo, mostra muito menos tensão do que humor;
humor, aliás, mais adequado a desenhos animados), quanto nos diálogos. As falas
de Jeremy Renner, cujo personagem traz um segredo sobre a esposa de Ethan, são
geralmente sarcásticas, e se tornam hilárias quando ele precisa saltar num poço
de 7 metros.

E há a tal cena da torre.
Sozinha, a escalada de Tom Cruise a 4.500 metros de
altura, utilizando apenas luvas de sucção (uma delas com defeito), depois
caindo, se agarrando, se atirando pela janela preso a um cabo e correndo pelo
prédio do lado de fora, na vertical, já valeria o filme inteiro, de tão
vertiginosa. Depois de assistir tais cenas, é possível dizer que Tom Cruise não
tem a cabeça no lugar. Esperamos que continue assim, pois é de gente como ele
que o cinema precisa.

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