Hipertensão
()
A hipertensão é uma patologia de gravidade mundial estando atualmente intimamente relacionada ao modo de vida da população, a preocupação com tal acometimento vem das conseqüências que pode trazer aos clientes como fator de risco para cardiovasculares, cerebrovasculares e renais, sendo responsável por pelo menos 40% das mortes por acidente vascular cerebral, por 25% das mortes por doença arterial coronariana.
A classificação de uma pessoa em hipertenso ou não se dá pela aferição de sua pressão arterial (PA), em termos gerais uma PA de 140/90 mmHg sem uso de medicação hipertensiva é considerada como critério para hipertensão 9, se persistir por três verificações.Levando em conta esse critério a prevalência na população urbana adulta brasileira varia de 22,3% a 43,9%.De acordo com Ministério da Saúde (MS), tal aferição realiza-se com usuário sentado e ao menos uma vez em posição ortostática, seguindo os passos:
1. Explicar o procedimento ao paciente, orientando que não fale e descanse por 5-10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável. Promover relaxamento, para atenuar o efeito do avental branco (elevação da pressão arterial pela tensão provocada pela simples presença do profissional de saúde, particularmente do médico).
2. Certificar-se de que o paciente não está com a bexiga cheia; não praticou exercícios físicos há 60-90 minutos; não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos antes; e não está com as pernas cruzadas.
3. Utilizar manguito de tamanho adequado ao braço do paciente, cerca de 2 a 3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. A largura da bolsa de borracha deve corresponder a 40% da circunferência do braço e o seu comprimento, envolver pelo menos 80%.
4. Manter o braço do paciente na altura do coração, livre de roupas, com a palma da mão voltada para cima e cotovelo ligeiramente fletido.
5. Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneróide.
6. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para a estimativa do nível a pressão sistólica; desinflar rapidamente e aguardas um minuto antes de inflar novamente.
7. Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubital, evitando compressão excessiva.
8. Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar, de 20 a 30 mmHg, o nível estimado da pressão sistólica. Proceder a deflação, com velocidade constante inicial de 2 a 4 mmHg por segundo. Após identificação do som que determinou a pressão sistólica, aumentar a velocidade para 5 a 6 mmHg para evitar congestão venosa e desconforto para o paciente.
9. Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), seguido de batidas regulares que se intensificam com o aumento da velocidade de deflação. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff). Auscultar cerca de
20 a 30mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff).
10. Registrar os valores das pressões sistólicas e diastólica, complementando com a posição do paciente, o tamanho do manguito e o braço em que foi feita a medida. Não arredondar os valores de pressão arterial para dígitos terminados em zero ou cinco.
11. Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas.
12. O paciente deve ser informado sobre os valores obtidos da pressão arterial e a possível necessidade de acompanhamento.
O profissional deve lembrar-se durante todo processo de verificação dos fatores que podem alterar a PA do usuário como idade (jovens apresentam PA menor que adultos e idosos), sexo (mulheres em idade fértil apresentam PA menor que homens pela ação hormonal) e atividade física realizada até o momento da verificação.
Emergência Hipertensiva
A emergência hipertensiva é uma situação em que a pressão arterial deve ser imediatamente reduzida (não necessariamente para menos de 140/90 mmHg) para conter ou evitar a lesão dos orgãos-alvo. As condições associadas á emergência hipertensiva incluem o infarto agudo do miocárdio, aneurisma dissecante da aorta e hemorragia intracraniana. As emergências hipertensivas são elevações aguadas da pressão arterial com risco de vida, as quais exigem tratamento imediato em um ambiente de terapia intensiva por causa da possibilidade de ocorrer grave lesão do órgão-alvo. Os medicamentos de escolha nas emergências hipertensivas são aquelas que apresentam um efeito imediato. Os vasodilatadores intravenosos, inclusive o nitroprussiato de sódio (Nipride, Nitropress), cloridrato de nicardipina (Cardene), mesilato de fenoldopam (Corlopam), enalaprilat (Vasotec IV) e nitroglicerina (Nitro-Bid IV, Tridil) possuem uma ação imediata que tem curta duração (de minutos 4 horas), e, por conseguinte, eles são usados como tratamento inicial.
Resumos Relacionados
- HipertensÃo Arterial
- Http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?244
- A HipertensÃo (pressÃo Alta)
- Dormir Pouco Aumenta A Pressão Arterial
- Família E Saúde
|
|