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Competências e Habilidades
(Vários.)

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alunos e professores se chocam
constantemente em sala de aula, o que acaba gerando, na maioria das vezes, um
clima desagradável para ambos. Isso comprova
que, o docente para ensinar precisa ir muito além dos conceitos e que,
competência não é só superar os problemas gerados em sala de aula pelos alunos,
mas envolver esses alunos nas atividades em grupo, fazendo com que eles se
interessem pela proposta oferecida em sala, e que, venham a conhecer seus
valores, responsabilidades, e autonomia, e acima de tudo adquirir uma postura
crítica colaborando para uma sociedade mais justa, conquistando assim seu
espaço na comunidade em geral.

Macedo (1999) escreveu em seu
artigo, Competência e Habilidades:
elementos para uma reflexão pedagógica, distinguindo competências de
habilidades, dividindo as primeiras em formas específicas de competências herdadas, ou seja, aquelas
que já nascem com o indivíduo, por exemplo, os atos cotidianos como comer,
falar, mamar etc; e competência adquiridas, por exemplo, a capacidade do ser humano de
apreender qualquer idioma, e a
possibilidades de comunicação entre as pessoas indiferentemente de classes
sociais; estando as duas ligadas a competência
como condição própria do sujeito.

outra forma competência é a competência
relacional, que revela o quanto o
indivíduo é capaz de perceber a interação entre conteúdos e contextos, por
exemplo, entre teoria e prática.

Cada uma dessas
competências está intensamente ligada com várias habilidades necessárias para
cada uma delas, por exemplo, para aprender outra língua é necessário a
habilidade de ler e escrever primeiramente em sua língua, de articular fonemas
diferentes dos conhecidos na língua materna; a habilidade de manusear ou
conduzir determinado objeto ou ferramenta; e de compreender duas situações
diferentes para então relacioná-las.

Além disso, ainda segundo Macedo (1999), sabemos que, o
fato de um professor ser competente em seu trabalho não significa que ele tenha
um diploma ou consiga dominar uma sala de aula indisciplinada. Claro isto é
bom, mas não é tudo! A autonomia do professor acaba levando-o a assumir uma
posição hierárquica e isso pode se tornar um sistema mecanizado, deixando de
fora a interação contextualizada entre docente e discente, tornando a sala de aula
um lugar desagradável para o desenvolvimento do aprendizado destes alunos.

Um bom exemplo disso, mostrado por Macedo (1999) é a relação entre o jogador e o
trabalho em equipe dentro do campo de futebol, que segundo ele, não basta ser
um ótimo jogador como Ronaldinho, mas é preciso saber trabalhar em equipe, caso
contrário corre-se o perigo de acabar não conseguindo atingir o objetivo
principal em campo, que é fazer gol e levar a equipe a conquistar o título de
campeão.

Dessa mesma forma, o ótimo jogador é o professor em sala
de aula, se ele não trabalhar em equipe, interagindo com seus alunos, a escola
torna-se um lugar chato e excludente e objetivo não será atingido. Porém, a
competência não é algo particular ou individual, mas algo que se constrói num
processo interativo com seus alunos.

Este exemplo mostra como muitas vezes não basta que professor
seja “competente” ou dotado de capacidade, pois ele, assim como o “Ronaldinho”
não ganha um jogo ou a Copa do Mundo sozinho, o professor não atingirá o
objetivo sozinho. Para tal, acima de tudo o docente deve ter “jogo de cintura”
para saber o que fazer no momento certo e atuar dando a palavra final sem medo
de errar.

Mas para isso é preciso ir muito além da interação simples
entre professor e aluno. O docente deve assumir uma postura dupla em relação a
seus alunos, dividindo conteúdo pragmático a ser ensinado e prática social. Isso
pode ser feito trocando experiências com seus alunos e adequando, ao mesmo
tempo, as atividades cotidianas com as atividades desenvolvidas dentro ou fora
da sala de aula.

Essa deve ser a dimensão buscada, ser o papel da escola,
no espaço sobre o qual, de alguma forma, o docente exerce o controle, ou deveria
ter condições de exercer. Já que, segundo Macedo(1999), o ambiente escolar deve ser um espaço de paz, com completa
iteratividade, não um espaço de violência. Por isso, competências e habilidades,
dentro das práticas pedagógicas devem ter um outro sentido daquela adquirida por
intermédio de um curso superior ou um diploma.

Caso contrário, a culpa do atual modelo decadente de
ensino recai sempre sobre os alunos e o resultado é conhecida frase “se o aluno
não aprendeu é porque não tem capacidade, não presta atenção na aula etc.”, que,
como bem sabemos, em nada se aproxima da verdade ou realidade.

No que diz respeito
ao comportamento dos alunos em salas de aula, é comum os professores relatarem casos
como “bagunça,
tumulto, falta de limite, maus comportamentos, desrespeito às figuras de
autoridades”, mas dessa forma, da maneira como os
educadores colocam a questão do comportamento dos alunos num nível indisciplinar
incontrolável, gerando um obstáculo pedagógico, o que sai comprometida é a imagem
do cidadão que a escola deveria formar.

Contudo, o que os educadores não se deram conta é de que
tudo isso, não responde somente aos alunos, mas também a contexto social da
divisão de classes, pois a situação é quase a mesma tanto na rede pública
quanto na privada.

Por isso é tão importante tomar conhecimento do que
realmente é competência e habilidade e o que é comportamento do aluno, para não
chegarmos a confundir o sistema de ensino hoje, com o modelo hierárquico de
antigamente. Culpar a indisciplina pelas competências e habilidades que o aluno
não demonstra ou desenvolve é tão inaceitável quanto dizer que ele não as tem.

Sobre esta questão da indisciplina relacionada com a
questão das competências e habilidades, Aquino (1996) afirma que o conhecimento
se dá pelas diferenças contidas num indivíduo inquieto, crítico e desobediente,
no qual exige uma nova ordem do saber, e é a partir daí que a idéia do aluno
ideal, quieto, calado e obediente desaparece, pois o cidadão critico que a
escola deve formar não deve aceitar calado tudo o que lhe impuserem.



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