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Madame Bovary
(Flaubert)

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a personagem Ema Bovary foi considerada uma louca sem caráter,
tornando-se um mau exemplo para as mulheres e principalmente as moças de sua
época por transgredir todos os princípios morais e éticos da época para
realizar seus sonhos de fantasias amor e sexo.

Flaubert protesta
contra a maneira de pensar da sociedade da época. A história ocorre numa cidade
pequena do interior da França, Yonville, onde todos sabem o que acontece na
vida um do outro, tudo vira motivo de fuxico. Ninguém escapava das fofoqueiras
da vila, principalmente Ema, se alguém a descobrisse seria exposta ao ridículo,
e rejeitada pela igreja, condenada até a morte, ou seja, uma perdida para
sempre.

a morte Ema Bovary, e é para mim a cena é a mais
impressionante da história, porque ela vai compondo aos poucos cada fase da
decomposição do corpo, da cor da pele, os olhos, a língua com aspecto azulado, até morte da jovem. Isso foi uma forma de protesto
marcante usado pelo autor, desta forma Flaubert, preocupado com o modo de
vida da época mostrou por intermédio desse livro o quanto a mulher era
rejeitada pela sociedade no século XIX a ponto de se suicidar.

Flaubert
procurou trabalhar um realismo que só era percebido até aquele momento, por
mulheres da época Ele criou sua
personagem principal Ema Bovary com intuito de revelar ao mundo como a
Mulher era vista, em uma época em que só os homens reinavam.

Ema está em busca da felicidade, procurando uma vida diferente
daquela que vivia com seu esposo Charles, e sua filha. sonhava com um
mundo, do qual sabia que não teria chance nenhuma de alcançar, era apenas um
mundo imaginário de riquezas e luxúrias ao qual só conhecia através dos
romances que lia nos livros de literatura. Tinha fantasias, e procurava
realizá-las se aventurando fora do casamento, com Rodolfo e Leon seus amantes.
Porém ao se entregar ao seu mundo de ilusão percebeu que seu sonho a destruía
pouco a pouco, sobrando-lhe o desprezo, o desespero e a vergonha de ser
rejeitada por seus amantes e até mesmo per seu marido.

Isso
ficou claro na cena em que Ema procurou Rodolfo no seu castelo em La Huchette,
porque precisava emprestar uma quantia em dinheiro, para pagar uma de suas
dívidas. Ela tentou convencê-lo a
ajudá-la, mas não conseguindo nada, o desespero e o medo a dominaram de tal
forma, que a levou ao suicídio.

o enfoque é a violência explícita como símbolo
de um mundo machista, onde a mulher não tinha espaço nele, e por isso Ema decide abandoná-lo, acabando com sua própria vida.

O
autor também criou um personagem para representar a imagem do homem
frágil, incompetente acabando com a idéia do machismo. A cada ato de Charles o
autor trabalhou a questão de desfazer o modo de pensar de um povo soberbo e
cruel. Além disso, quando menino Charles era motivo de zombaria para os
colegas de sala na escola, e quando se tornou jovem nada mudou, não conseguia
tomar decisões sozinhas, tornou-se um homem incapacitado. No primeiro
casamento se casou com uma viúva mais velha do que ele, só para
satisfazer os pais, e assim só a morte os separou. No seu segundo casamento com
Ema, trabalhava como um louco, mas nunca havia alcançado sucesso. Portanto não
tinha tempo para a esposa. Charles manteve-se o marido acolhedor, aquele
que procurava satisfazer a vontade da mulher no que lhe cabia.

É
incrível como Flaubert expõe a imagem do homem ingênuo, isto ficou explícito
quando Leon trouxe flores para Ema, e foi Charles o marido quem as
recebeu com admirações, sem perceber que estava sendo traído. A jovem esposa ao
perceber o marido bobo que tinha, passou a assumir os compromissos como: fazer
compras, pagar as dívidas com intuitos de conquistar seu espaço no mundo em que
vivia. Lutou de todas as formas, depositou toda a sua confiança nos rapazes que
se envolveu amorosamente, porém aos pouco foi perdendo o controle da situação e
cada vez mais se aprofundava em dívidas.

Chegou
a implorar para Leon e Rodolfo que fugissem com ela, e a tirasse da vida
miserável e mesquinha na qual vivia. Mas não sendo correspondida por eles, percebeu
que o mundo da realidade em que vivia era um mundo diferente do mundo literário
que sonhava.

Quando
Ema caiu na real, a única saída que lhe restava era a morte. As tentativas de
incluir seus sonhos na realidade fracassaram, mas ciente do que fez, sabendo do
seu pecado tomou veneno, mesmo sem saber, se o marido a perdoava ou não. Mal
sabia que o bobo do marido a perdoaria de tudo.

O
suicídio de Ema no final do livro e a depressão do marido Charles, quando
descobriu a insatisfação da mulher com a vida a qual lhe oferecia e a busca
constante de aventuras banais que a levou ao adultério e depois ao suicídio, fez
com que Charles perdesse o sentido da vida. Após a morte da mulher, ele percebe
que não foi amado por ela, mas Charles acabou perdoando Ema de
todas as traições, mesmo porque, após a morte de Ema, ele se tornou amigo dos
amantes dela Leon e Rodolfo, porque sentia inveja deles, e desejava
loucamente ser o outro que tantas aventuras viu com a mulher que ele amava.

Esta
cena também vai de encontro com os homens machistas da época quebrando todo o
orgulho deles, para inverter a posição de frágil e forte que a época tinha.
Charles ficou sabendo da traição da esposa por intermédio das cartas de
amores escondidas no sótão de sua casa.

Os
personagens em “Madame Bovary”, não são heróicos, são todos avarentos e guiados
pelas aparências e têm um final infeliz.



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