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A ATUALIDADE PEDE LÍDERES ABERTO
(CHARLENE LI)

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A atualidade
pede líderes abertos



Ser um líder aberto é mais eficaz do que tentar ser controlador.
Quem garantia sua posição em cima da crença de que “informação é poder”, já não
consegue mais garantir. Informação ainda é poder, mas ninguém detém seu fluxo.
Muitos executivos ainda resistem a encarar esse fato.

Funcionários, clientes e qualquer pessoa que tenha computador ou
telefone celular podem compartilhar informação com o mundo inteiro e elogiar ou
criticar produtos, serviços ou a gestão de uma organização. Aquela velha forma
de trabalhar, em que os gestores diziam aos funcionários o que, como e quando
fazer, mal cabe nas pequenas empresas, quanto mais nas grandes. As redes e foros
sociais mudaram a cara da liderança dos negócios.

Três tendências concorrem para que essa mudança se consolide:


Aumentam
o número de pessoas e o tempo de atividade delas online; O
uso estendido dos sites sociais é cada vez mais comum: as pessoas dedicam
muito tempo ao conteúdo que elas mesmas criam. A
crescente inclinação a compartilhar. Cada nova onda tecnológica torna mais
simples, rápido e barato compartilhar conteúdo.
No entanto, há quem acredita que, em tempos de muitas mudanças, é preciso
manter-se firme na liderança vertical. Insistem, portanto, no modelo de comando
e controle, com intercâmbio de informação limitado.

“Uma resposta mais efetiva é o que denomino de ‘liderança aberta’,
que consiste em possuir confiança e humildade suficientes para não sentir
necessidade de ter o controle e, inversamente, inspirar nas pessoas compromisso
com as metas da organização”, afirma Li.

Em vez de repressores, catalisadores

A liderança aberta é uma combinação de mentalidade, temperamento, condutas
aprendidas e capacidade de desenvolver e ampliar as habilidades. É catalisadora
da mudança, tanto dentro como fora da organização.

Líderes abertos, segundo Li, tendem a ser otimistas com respeito às intenções
das pessoas e a apostar nas situações nas quais “todos ganham”. Na visão desses
executivos de vanguarda, quando as pessoas atuam em interesse próprio também
beneficiam a organização. Tal otimismo lhes permite ser mais abertos com a
informação.

Os bons líderes focam simultaneamente o próprio sucesso e o da equipe.
Reconhecem suas limitações e aceitam a colaboração.

“Os líderes individualistas confiam primeiro nos próprios pontos
fortes, o que não impede que cheguem a ser bem-sucedidos, mas é menos provável
que utilizem estratégias abertas para explorar as vantagens da colaboração”,
compara Li.

Integridade, honestidade, equidade, respeito pelas pessoas, senso de humor e
audácia são as qualidades intangíveis essenciais ao líder, segundo Warren
Bennis, autor de On becoming a leader (ed. Perseus Books). Mas novas
habilidades e condutas são necessárias em um mundo em que as tecnologias
sociais moldam as relações e a liderança fica exposta. Os líderes capazes de
converter a colaboração em uma vantagem podem ampliar suas boas características
e ações.

“Autenticidade” é um forte atributo para o líder da atualidade, que deve
ser capaz de mostrar as partes relevantes de seu ser, colocá-las na conversação
e saber que pontos de sua personalidade e de sua identidade deve mostrar e
quando fazer isso. “É uma habilidade muito valorizada na hora de ser aceito por
uma comunidade”, ressalta Li.

Como se tornar um líder
aberto?

Os líderes abertos precisam aprender a administrar sua autenticidade,
especialmente diante da grande variedade de audiências que podem ter nas redes
sociais. “Todos cruzamos com pessoas muito autênticas, tão inflexivelmente
fiéis a si mesmas que acabam afetando sua capacidade de atuar em uma
organização. Não desenvolvem todo seu potencial porque não conseguem moderar-se
e administrar sua autenticidade em um contexto específico.”

Então, o que a especialista recomenda para que uma pessoa se torne um líder
aberto autêntico? A professora dá três conselhos:

1. Mantenha-se fiel a
seus valores e concentre-se no que quer conseguir.
2. Comece pelo pequeno,
como escrever um pequeno texto no blog da empresa.
3. Desenvolva
transparência, algo definido por quem confia nos líderes.

“Para a Autora, transparência é tornar
visíveis a informação e os processos. Você torna visíveis suas metas e também
os desafios, bem como as ameaças e as oportunidades que enfrenta. Ferramentas
não faltam para viabilizar tudo. Apenas é preciso usá-las”, alerta Li.

AUTORA: Charlene Li. “Tecnologias sociais e o líder aberto”. HSM
Management ed. 84, jan.-fev. 2011, p.14.

SITE:
http://www.hsm.com.br/editorias/marketing/atualidade-pede-lideres-abertos



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