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Breve panorama histórico da Química
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Entre as
Ciências naturais, pode-se dizer que a Química é uma das mais recentes.
Astronomia, Física e Matemática têm uma história que remonta a muitos séculos
antes de Cristo.

Não há uma
data específica que possamos estabelecer como “início” da Química. Podemos,
dizer, portanto, que ela só se firmou como ciência no transcorrer dos séculos
XVII e XVIII.

A antiguidade

Há mais de
3500 anos, os egípcios já utilizavam as técnicas de objetos cerâmicos por meio
do cozimento da argila, a extração de corantes de certos animais e vegetais, a
obtenção de vinagre e bebidas alcoólicas não destiladas (vinho e cerveja) e a
produção de vidro e de alguns metais. Destaca-se também a arte da conservação
das múmias, na qual os egípcios atingiram alto grau de perfeição.

Por volta de
478 a.C., o filósofo grego Leucipo, que vivia na costa norte do Mar Egeu,
apresentou a primeira teoria atômica de que se tem notícia, e seu discípulo
Demócrito a aperfeiçoou e propagou. A ideia envolvida era a seguinte:
considere, por exemplo, a areia de uma praia. Vista de longe ela parece
contínua, porém, observada de perto, notamos que é formada por pequenos grãos.
Na realidade, todas as coisas do universo são formadas por “grãozinhos” tão
pequenos que não podemos enxergar e, dessa forma, temos a impressão de que elas
são contínuas. A esses “grãozinhos” foi dado o nome de átomos (do grego a, que
significa “não”, e tomos, que quer dizer
ou “parte”).

Contudo,
entre os gregos, acabaram predominando as ideias de outro filósofo, Aristóteles
(384-322 a.C.). Segundo ele, tudo é constituído de quatro “elementos” básicos:
fogo, terra, ar e água. Essa maneira de pensar influenciou muito a evolução da
Ciência ocidental, que conseguiu desvencilhar-se totalmente dessas ideias
somente no século XVL, a partir do qual a Química teve considerável impulso.

Alquimia, a precursora da Química

Após Aristóteles,
a Grécia passou por um agitado período político e, gradualmente, a cidade
egípcia de Alexandria assumiu a liderança científica da época. Lá,
encontraram-se frente a frente a filosofia grega, a tecnologia egípcia e as místicas
religiões orientais.

Disso tudo
nasceu a Alquimia, uma mistura de ciência, arte e magia, que floresceu na Idade
Média, tendo uma dupla preocupação: a busca do elixir da longa vida, que
garantiria a imortalidade e a cura das doenças do corpo, e a descoberta de um
métodos para a transformação dos metais comuns em ouro (transmutação), que
ocorreria na presença de um agente conhecido como “pedra filosofal”.

A procura
pelo ouro não era motivada por razões econômicas, mas porque ele, devido à
resistência à corrosão, representava a perfeição divina. Contudo, muitos
charlatões se aproximaram de encenações simulando a transformação para
enriquecer à custa da boa-fé de alguns adeptos da Alquimia.

Na China, as
especulações dos alquimistas conduziam ao domínio de muitas técnicas de
metalurgia e à descoberta da pólvora. Os chineses foram os inventores dos fogos
de artifício e os primeiros a usar a pólvora em combates no século X.

Nenhum dos
dois objetivos da Alquimia foram atingidos, contudo, muitos progressos no
conhecimento das substâncias provenientes de minerais e vegetais foram obtidos
no Ocidente e no Oriente. Prepararam-se substâncias como, por exemplo, ácido
nítrico (chamado na época de aqua fortis)
e ácido sulfúrico (oelum vitriolum). Materiais
de laboratório foram sendo gradualmente aperfeiçoados.

No século
XVI, o suíço Theophrastus Bombastus
propôs que a Alquimia deveria
preocupar-se principalmente com o aspecto médico no diagnóstico e no tratamento
de algumas doenças foi digna de nota.

Da
Alquimia surge a Química

Em 1597, o alemão Andreas Libavius publicou
o livro Alchemia, no qual afirmava
que a Alquimia tem por objetivo a separação
de misturas em seus componentes e o estudo das propriedades desses componentes.


Em 1661, o irlandês Robert Boyle publicou
The sceptional chemist (O químico cético - cético significa
desconfiado, que só acredita mediante provas), no qual atacava violentamente a
concepção aristotélica dos quatro “elementos”. Para Boyle, elemento é tudo aquilo que não pode ser decomposto por nenhum método conhecido.
Esses dois livros são considerados, por alguns estudiosos, o marco inicial
da Química.

Há outros estudiosos que creditam a
Antonie Laurent Lavoisier o mérito de ser o “pai” da Química. Os trabalhos
desse cientista francês, realizados no século XVIII, deram à Química bases mais
sólidas. Ele realizou experimentos controlados envolvendo medidas de massa de
frascos (incluindo de materiais neles contidos) antes e depois de acontecerem
reações químicas dentro deles. Uma das suas conclusões, a de que a massa se
conserva durante as reações químicas, é considerada por alguns o marco inicial
da Química.

No século XIX, os trabalhos de
Gay-Lussac, Dalton, Avogadro, Kekulé e outros, cujas conclusões deram origem à
chamada Química clássica.

No século XX, com o grande avanço
tecnológico, presenciou-se uma vertiginosa evolução do conhecimento químico. O átomo
teve a sua estrutura interna pesquisada, elementos artificiais foram sintetizados
e modernas técnicas de investigação foram desenvolvidas, utilizando conceitos
de Química, Física, Matemática, Computação e Eletrônica.



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