Técnicas de Edição para Cinema e Vídeo
(Ken Dancynger)
O cinema, nos seus primórdios, não contava com o artifício da montagem, que foi sendo desenvolvida a partir da necessidade de se contar uma história. Os primeiros filmes eram feitos utilizando-se a câmara parada e um só enquadramento. A partir das experimentações de Edwin S. Porter e mais tarde de D. W. Griffith constatou-se que a utilização de planos como plano médio, close e detalhe poderiam dar mais sentimento e fazer o espectador entrar na história. No principio a montagem era feita artesanalmente, com o tesoura e cola, os pedaços de filme eram colocados em barris e o copião não passava de vários desses pedaços colados. Mais tarde foram desenvolvidas trucagens para certos efeitos visuais. Com a televisão, que a princípio era ao vivo, viu-se a necessidade de se desenvolver um novo formato de captação e foi então criado o videotape. A montagem no vídeo é feita de forma eletrônica e a princípio de fita para fita de forma linear. Hoje contamos com a edição não-linear que se passa dentro do computador e as fitas estão sendo, gradativamente, substituídas por arquivos armazenadas em HDs (Hard Drives). A evolução da imagem também ocorreu, a princípio o filme era captado em fotogramas e no vídeo a imagem é composta por frames que podem ser separados em fields (campos) entrelaçados. A qualidade do vídeo hoje é medida em número de linhas e pode chegar a uma resolução bem próxima do filme. Essa nova resolução é conhecida como HD (High definition). Para cada formato, documentário, ficção, jornalismo ou vídeoclipe, contamos com um tipo de edição diferente. Para quem gosta de cinema, Dancynger conta toda a parte histórica da montagem e sua evolução, até os dias de hoje, passando pelos diferentes tipos de gênero e a utilização das novas tecnologias para contar histórias que sensibilizem o público.
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