Afonso de Liguori
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Afonso
de Liguori 1696-1787 Afonso Maria Antônio João Cosme Damião Miguel
Gaspar de Liguori nasceu na casa de
fazenda do seu pai em Marinella, perto de
Nápoles. De família
antiga e
nobre. Filho de Dom José de Liguori um
oficial naval e Capitão Real de Galés e sua mãe era descendente de espanhóis. O mais velho dos
sete filhos e a esperança da sua casa. Em todos os seguimentos de
aprendizado era brilhante e
rápido. Seu pai o fazia praticar cravo três horas por dia, e aos treze anos ele tocava com meestria.
Cavalgava e praticava esgrima como recreação. Mas, afirmava não poder se
tornar um atirador devido a sua péssima pontaria.
Na mocidade tornou-se um aficcionado em ópera. Quando subiam as
cortinas, ele tirava os óculos para não ver os atores
distintamente e assim melhor se extasiar com a música. Afonso foi educado por tutores, sob o olhar
vigilante do seu pai.
Aos 16 anos, formou-se em
Direito, embora o normal fosse graduar-se aos 20 anos.
Logo após a sua formatura estudou para os exames da Ordem dos
Advogados, e aos 19 anos já praticava a sua profissão
na Corte. Em 8 anos de carreira como advogado, afirma-se que ele
jamais perdeu uma causa. Contudo, em 1723, Afonso
foi um dos advogados numa ação judicial entre um nobre napolitano e
o Grão Duque de Toscana, cuja propriedade valia 500.000 ducados.
Após proferir um brilhante discurso de abertura, sentou-se confiante mas, perdera a causa pois, um documento, por ele lido e relido, mas
entendido de forma diversa da que foi apresentada pelo seu
oponente, no Tribunal. Durante 3
dias recusou qualquer alimento. Depois da
tempestade, começou a pensar que a humilhação da derrota
tinha sido enviada a ele por Deus, para quebrar o seu orgulho e
afastá-lo do mundo. Sentia que algum sacrifício era
necessário, embora não soubesse exatamente qual seria.
Desgostoso, apesar da consternação do pai, resolveu abandonar a carreira
de advogado e passou a visitar doentes
em hospitais de incuráveis.
Em 1723, durante uma dessas visitas ao
Hospital de Incuráveis, subitamente se viu rodeado por uma luz
misteriosa e uma voz interior lhe disse: "Deixa o mundo. Dá-me de
ti mesmo. "O que foi repetido mais uma vez, Afonso resolveu entrar para o corpo eclesiástico. Como padre,
continuou a trabalhar num
Hospital de Incuráveis, assistiu os condenados à
forca, foi amigo dos marginalizados, considerados uma chaga da
sociedade em Nápoles. Numa cidade de cerca de 500 mil habitantes e
15 mil sacerdotes, Afonso se destacou como um homem extraordinário
que realizou o seu trabalho em situações difíceis e ingratas.
Eram em torno de 40 mil os "desclassificados" em Nápoles e ele passou a
realizar "capelas noturnas". Reuniões do povo nas ruas e nas
praças para o ensino do
Evangelho, oração e encontro fraterno. No púlpito,
tinha um estilo inteligente, simples e sincero que enchia os
corações com amor e misericórdia.
Preocupava-se muito mais em atender as
criaturas, do que em puni-las em confissao. Apesar de tudo, tinha a intuição de que algo mais deveria ser
feito. Após um encontro com o povo pobre das montanhas,
pastores de ovelhas e cabras, ele decidiu: iria trabalhar entre
os pobres mais pobres.
Junto a um grupo de companheiros, fundou em 1732, em
Scala, perto de Nápoles a Congregação
Redentorista. Era a sua resposta ao considerado
"terceiro mundo", constituído de pobres
e abandonados, pois os missionários redentoristas
deviam viver no meio dos abandonados, na época, especialmente
aqueles das zonas rurais. Escreveu 113 obras teológicas, ascéticas, místicas e
pastorais que chegaram a atingir 60 edições. Também deixou escritas
1.700 cartas. Para compor a sua obra principal, a Teologia Moral,
leu 800 autores, anotando em fichas. Com um anseio de saber,
buscava nas livrarias de Nápoles as mais recentes obras de seu
tempo, constantemente. Homem versátil, foi também poeta, músico
e pintor. Escreveu regras gramaticais com o
objetivo exclusivo de alfabetizar um irmão na Congregação.
Trabalhador incansável, serviu como pedreiro na construção da primeira
casa de retidos da Congregação. Com tanto trabalho e
dedicação, ainda enfrentara uma insidiosa enfermidade, que o martirizara.
Por oito vezes, esteve à morte. Um ataque de febre reumática,
no período entre 1768 a 1769, terminou por
deixá-lo paralisado. Pelo
resto da sua vida física, ele tomara seus alimentos através
de tubos. Mesmo com tudo isso, ele
retornara para sua pequena cela em Noccera, em 1775,
dispensado então dos serviços pelo Papa. Foram mais 12 anos de
grandes aflições e sofrimentos físicos e morais. Morais, por questiúnculas que envolveram a
Congregação e que afetaram muito a Afonso. Aos 91 anos em 1787, desencarnou.
Reconhecendo
seus grandes méritos, a Igreja o elevou à categoria de
"Santo", concedendo-lhe a canonização 49 anos após sua morte. Em O
livro dos médiuns (pt. 2, cap. VII, item 119), o Codificador
refere-se a essa canonização antes do tempo prescrito,
por ter sido visto Afonso, durante sua vida terrena, em dois
lugares diversos, ao mesmo
tempo: em sua cela de sacerdote e assistindo o Papa,
em processo de desencarnação, no Vaticano, considerado
milagre. Na mesma obra, o próprio Afonso, indagado por Kardec,
responde às questões de números 1 a 4, a respeito da
bi-corporiedade. Em 1871, o Papa Pio IX lhe conferiu o
título de "Doutor da Igreja" e, em 1950, Pio XII o proclamou
"Patrono dos Confessores e Professores de Teologia Moral".
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