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Madonna: 50 anos
(Lucy O'Brien)

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Em janeiro de 1984, uma jovem
cantora disse que ia dominar o mundo e ser “mais famosa que Jesus” como dissera
John Lennon. Tinha gravado um único disco até então – com o título Madonna, seu próprio nome - e já tinha demitido sua primeira empresária,
esta que lhe deu respeito na indústria musical. A obra segue no sentido de
mostrar Madonna como uma heroína digna de admiração, ainda que fatos como estes
se coloquem em sentido contrário. Fã da estrela sedutora Marilyn Monroe,
ansiosa por conseguir o estrelato em Hollywood, Madonna superou vários traumas
e atropelou diversas críticas. Perdeu a mãe aos cinco anos, sofreu abuso
sexual. Ouviu do guitarrista de seu primeiro conjunto: “Você só tem ambição
pura e simples mas nenhum talento”. Cresceu na região de Detroit, tipicamente
laboral, de imigrantes e descendentes de imigrantes, filha de um casal católico
tradicional. Contrariou o destino. Amante da dança desde pequena, foi animadora
de torcida e ganhou uma bolsa de estudo de uma companhia de dança de Nova
Iorque em 1977. Foi lá que se apaixonou pelo rock, que escolheu como sua forma
de expressão e meio para alcançar o estrelato.

Na verdade, o livro é bastante
truncado. O texto é sempre cortado por depoimentos das inúmeras pessoas que
trabalharam com Madonna através da vida. O texto sempre dividido entre explicar
o perfil psicológico da personagem central e, por outro lado, demonstrar os meandros da indústria
fonográfica, o ambiente das gravadoras, a influência que têm sobre a arte
comercial de seus contratados. Como conciliar o que o povo realmente quer ouvir
e ver com aquilo que você tem para oferecer? Nos anos 80, época do auge da
música pop e do surgimento do vídeo-clipe, Madonna foi um diferencial. Porque
era bonita, com seus magnéticos olhos azuis, ambiciosa, jovem, mas não se
permitiu ser uma imagem pré-fabricada (“a Warner não sabe como me vender: se me
vende como uma artista da música disco ou como uma new wave, o melhor é eu mesma inventar uma coisa nova”).

Madonna é uma profissional
esforçada bem mais participativa em seu trabalho que outros artistas famosos,
uma cantora muito inteligente que
explorava ao máximo e sempre da melhor forma suas limitações vocais, uma jovem
que apesar de todos os seus problemas jamais se entregou aos vícios ou se cegou
por preconceitos. Muito verdadeira no que fazia e exatamente por isso, nem
sempre compreendida. Talvez tenha sido por isto que sua popularidade caiu por
volta dos anos 90, quando alguns jovens que leram seu livro Sex e viram o documentário Na Cama com Madonna desconhecendo seu
passado acharam que ela era uma personalidade ligada ao universo pornô. Razão
pela qual uma parcela dos argentinos se revoltou quando ela assumiu o
personagem-título do filme Evita
(1996) pelo qual ganhou um Globo de Ouro como atriz. Nada a ver. Na contra-capa
do livro uma frase dela: “Em todo meu trabalho o objetivo é nunca ter vergonha
de quem você é. A razão pela qual sexismo, racismo, homofobia existem é o medo.
As pessoas tem medo de seus próprios sentimentos, medo do desconhecido. E o que
estou dizendo é: não tenha medo”. Trechos como este são raros nesta obra, porém
vale a pena relembrar estes bons tempos em que tantos se divertiram e se
emocionaram com Everybody (1982) seu
primeiro hit de sucesso; Like a Virgin (1985), que durante tanto
tempo deu tanto o que falar ( inclusive no episódio recente do beijo na boca entre
Madonna e Britney Spears); com Live To
Tell (1986), sua melhor música na opinião dela própria (eu também acho); com
Like a Prayer (1989), polêmica pela
música e pelo clipe...Material Girl
(que hoje em dia ela própria abomina), Papa
Don’t Preach,Over and Over, La Isla
Bonita, Vogue... Ainda passeia-se pelo mundo das celebridades do momento,
citadas ora aqui ora ali...Como o “extremamente simpático” Phil Collins, o
“arrogante” vocalista do grupo Duran Duran e a “rival” Cindy Lauper, uma
artista muito talentosa, com capacidade para talvez ofuscar Madonna, mas que considerava a fama “algo
desconfortável”. Madonna seria o oposto dela exatamente por buscar a
imortalidade. Cantora, compositora, atriz e empresária, Madonna chegou lá.



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